Enorme dentro de campo e, acima de tudo, fora dele, o Liverpool foi o último clube, da elite, da Inglaterra, a se proncunciar sobre a morte da Rainha Elizabeth II. O clube inglês usou de suas redes sociais para prestar seu apoio, com o atento que trancou os comentários da sua postagem e teve pouco engajamento por parte dos torcedores.
Nesta histórica quinta-feira (8), o mundo recebeu a notícia da morte de Rainha Elizabeth II, que veio à falecer com seus 96 anos de idade. A morte da Rainha certamente foi alvo de grandes homenagens, e o futebol não poderia ficar de fora, com todos os clubes da elite da Premier League prestando suas devidas solidariedades a monarca britânica mais longeva da história.
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Dos 20 clubes da elite inglesa, o Liverpool foi o último a se proncunciar e, antes de prestar sua homenagem, foram levantados vários rumores de que o clube de Anfield poderia ser o único, da elite, a não prestar seu apoio à Elizabeth II. Tardou, mas aconteceu. Mas por trás disso tudo há um motivo do Liverpool ter quase resistido à morte da Monarca de 96 anos de idade.
Futebol e Política se misturam, sim
A famosa cidade do Liverpool se localiza no norte da Inglaterra, ficando bem longe de Londres, sua riquíssima capital. A cidade de Liverpool, sobretudo, tem grande importância e partipação de imigrantes, sendo a maioria os irlandeses.
Considerada a segunda capital da Irlanda, os cidadãos que moram em Liverpool e no norte da Inglaterra são vistos, pelo povo do sul inglês, como estrangeiros, fato que acaba afastando ainda mais o povo de Liverpool do Reino Unido.
Divulgação Internet
Vale ressaltar que muitos dos irlandeses que chegaram a cidade no passado foram para trabalhar nas fábricas espalhadas pela região. Esse fato, então, acabou transformando Liverpool em uma cidade de classe trabalhadora. E isso, obviamente, tem ligação com o clube vermelho, seis vezes campeão da Champions League.
Torcedores do Liverpool, que moram no norte, viram e mexem monstram suas indignações contra as políticas britânicas, acusando ministros do passado de se privilegiarem do sul do país em perda do norte. A revolta dos moradores de Liverpool é tão significante que, no dia da morte de Margaret Thatcher, uma enorme revolta aconteceu dentro de Anfield Road.
Neste período de aproveitamento da política britânica diante do norte da Inglaterra, moradores da cidade de Liverpool viveram o caos, passando por grandes necessidades que levaram até a fome, além de outras causas sociais, que são lembradas por moradores e torcedores do clube até nos dias atuais.
Getty Imagens
Trent Alexander Arnold, torcedor e jogador dos Reds, foi flagrado em silêncio enquanto tocava o hino da Inglaterra em um jogo diante da Hungria - o mesmo acontece com a torcida do clube, que vaia o hino britânico, além de trocar o "God Save The Queen (Deus salve a rainha)" por "God Save our Team (Deus salve nossa equipe)".
O futebol da Inglaterra passará por um curto período de luto pela morte da Rainha. O Liverpool tinha data para entrar em campo no próximo sábado, em casa, diante do Wolves. Entretando, o jogo não irá acontecer - e, quando acontecer, certamente vaias serão ouvidas em Anfield Road.