O Sporting recebe esta sexta-feira o Estrela da Amadora, num jogo obviamente marcado pelo futuro de Rúben Amorim.
O ainda treinador leonino fez, com sala cheia, a antevisão do encontro, prometeu falar sobre o Manchester United no final do encontro com os tricolores e elogiou João Pereira.
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O jogo com o Estrela da Amadora e o melhor arranque de sempre
“Passa muito por aí, pelo objetivo de alcançarmos o melhor arranque [11 vitórias consecutivas no campeonato]. Queremos sempre fazer melhor. Não houve muito tempo para recuperar após o Nacional, mas o Pote vai voltar à convocatória. O Quaresma continua de fora.
Fizemos sobretudo trabalho tático. O E. Amadora mudou de esquema, o que nos ajudou, porque já estamos habituados ao encaixe. Precisamos de ganhar o jogo e queremos acima de tudo jogar bem, no nosso estádio e manter a posição no campeonato”.
Negócio por fechar
“Vamos deixar isso para o fim do jogo. Falarei sobre todas essas questões. Agora quero que a equipa se foque, e eu também. É o mais importante. Prometo no fim do jogo falar sobre isso e ficará tudo mais esclarecido. Ao estarmos a falar agora, é mais uma desestabilização para o plantel. O foco é no jogo”.
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A luta pelo bicampeonato
“Continua a ser a mesma ideia. Toda a gente aqui quer ser bicampeã, isso não mudou. A aprofundar mais, ia estar a responder a questões que só vou responder no fim do jogo. Neste momento, o importante é dar mais um passo para que o objetivo aconteça. O foco é o E. Amadora”.
Tendo em conta o aparato, faria algo de forma diferente?
“Não o faria. Não controlei nada da situação. Mas no fim do jogo teremos tempo para isso”.
A relação com Frederico Varandas
“A relação está muito boa. Não há guerra nenhuma, muito menos paz podre. Não faz parte do meu feitio nem do feitio do presidente. O foco agora está no jogo”.
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A relação com os jogadores
“Senti os jogadores diferentes na palestra, na terça-feira. Podia ter dito que o ambiente estava bem e que ninguém lê notícias, mas sei que os jogadores sentem ansiedade. Mas não houve revolta nenhuma. Revoltas havia quando cheguei cá.
Conheço os meus jogadores e sou sincero convosco quando digo que eles não estavam normais. Percebi que estavam nervosos e ansiosos com as notícias, com uma série de jogos complicados a chegar. Mas não precisei que o Morten segurasse os colegas.
Eles conhecem-me tão bem… Já provei que os defendo até ao último minuto. Mas há coisas que não controlo. Preparámo-nos tatica e fisicamente, dividimos o grupo para ser específico nessa recuperação e vimos os vídeos. Estamos prontos para vencer”.
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O coração partido dos adeptos
“O meu também está partido, mas sou eu que decido. Não é comparável o que acontece comigo ou com outros. Sei que é difícil para toda a gente, mas no fim do jogo abordaremos isso.
Os adeptos podem gostar ou não, mas estará tudo definido e vão ver que não há paz podre. Somos adultos e as coisas às vezes acontecem. Queremos muito ganhar este jogo, precisamos muito de ganhar. E no fim do jogo iremos abordar esse assunto”.
O desejo de sair a bem
“Será cumprido, sem dúvida nenhuma. Será cumprido… se sair. Isso será uma certeza”.
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A competência de João Pereira
Em relação ao João Pereira, não tenho falado mais com ele do que o habitual. Mas se me perguntarem se está preparado para outros voos, claramente que sim.
Não só pelo João Pereira, mas pela equipa técnica, pela qualidade da preparação dos jogadores quando os chamo. E o Quenda, que trabalhou com ele, é a prova disso. O João Pereira está claramente preparado. Foi jogador de grandes clubes, tem muita maturidade e personalidade.
Não estou a dizer nada, apenas que está preparado para qualquer coisa“.
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Nervosismo
“Por que será? A situação é muito difícil. Não digo nervosismo, mas cansaço. Quando não sei o que dizer a certa altura, torna tudo mais difícil. Quando posso ser direto, para o bem e para o mal, é muito mais fácil. A incerteza cria-me muita dificuldade e tenho problemas de comunicação como qualquer treinador. Mas diria mais cansaço.
O que me deixa mais nervoso é muito claro, toda a situação em si. É difícil focar nos jogos, mas estou a conseguir fazê-lo mais. Está a acabar a novela, digamos assim”.
O staff de quem gosta, a quem pode “melhorar” a vida, e a importância ou não da estabilidade
“Temos aqui muito boas condições. Há seis anos estávamos no Casa Pia e quase pagávamos para trabalhar . Não será por razões monetárias. Quando falei no staff, falei também de fisioterapeutas, roupeiros. Não só a equipa técnica. Toda a gente aqui. É difícil encontrar estes ambientes , e eu sei do que falo. Foi uma das razões por que sempre quis ficar: as pessoas com quem trabalho.
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Depois falaremos amanhã, mas acho que na vida de toda a gente há fases em que estamos muito bem, mas queremos mais qualquer coisa, talvez provar mais qualquer coisa. Mas depois não sabemos se estamos a dar um passo e a estragar tudo. Todos sentimos isto na nossa vida – os treinadores também”.
O jogo do Manchester United
“Sei o resultado, mas ontem vi o E. Amadora. Passei também pelo Man. City, apesar de ter muitas alterações e não dar para fazer avaliações para o jogo da Champions”.