Akwá aponta o caminho

Fabrice Maieco, conhecido como Akwá, melhor marcador da história da Seleção de Angola, acredita na qualificação dos “Palancas Negras” para o Mundial 2026. Ele esteve na única participação do país em Mundiais, na Alemanha 2006. Em entrevista à Angop, o ex-jogador abordou vários temas.

Nas contas do apuramento, Angola ocupa o 4º lugar do Grupo D, com 6 pontos. Akwá analisa: “Começámos mal a corrida para o Mundial 2026, perdendo alguns pontos em terrenos que poderíamos ganhar. Mas, ainda assim, há muitos pontos em disputa que não devemos perder se queremos chegar lá.”

Angola vai qualificar-se para o Mundial 2026?

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Em relação à Taça das Nações Africanas (CAN 2025), o ex-jogador é ambicioso: “Espero que consigam fazer uma CAN melhor do que na Costa do Marfim. Se fomos eliminados nos quartos-de-final, desta vez a meta será as meias-finais, se não mesmo a final. A lei da vida é assim, superar dia após dia e, nos objetivos da seleção, não pode ser diferente.”

Superar os obstáculos

No apuramento para o Mundial 2026, a eficácia em frente à baliza tem sido o principal obstáculo para Angola. “Precisamos de voltar ao futebol de bairro em Luanda, de 11 contra 11, e não o futebol de salão que se joga hoje. Ganhamos mais dribladores do que finalizadores, porque com balizas pequenas não temos como os pontas-de-lança mostrarem as suas habilidades“, explica Akwá.

Parece uma contrariedade, uma vez que a seleção angolana tem muito talento atacante. “Este sector está muito bem servido com Gelson Dala, Mabululu e Zini, além de M’Bala Nzola. Mas, ainda assim, precisamos de outros jogadores nesta posição”, na opinião de Akwá, que aponta a diáspora como solução.

Florentino é elegível para representar Angola. Foto: Gualter Fatia/Getty Images

Questionado sobre os jogadores da diáspora, o ex-internacional responde que: “Só depende do treinador. Sabemos que temos muitos jogadores espalhados pela Europa e muitos deles podem ser enquadrados.” Um exemplo é Florentino Luís, jogador do Benfica, que tem sido abordado pelo selecionador Pedro Gonçalves.

Investir para o futuro

O presente do futebol angolano já tem sido iluminado, mas para que o futuro também seja radiante, é preciso superar “a falta de maior investimento no futebol por parte do Estado angolano”. Akwá sublinha ainda a necessidade de criar campos com melhores condições, apontando o desporto comunitário e escolar como vertentes fundamentais.

Angola continua o seu caminho no apuramento para o Mundial 2026. Na jornada de qualificação de março, denfronta a Líbia fora (16) e Cabo Verde em casa (23). No final do ano, em dezembro, joga a CAN 2025.