Angola entrou bem mas ficou-se pelo empate com o Quénia

Depois de ter perdido na estreia desta fase de qualificação para o CAN, por 2-0, frente à favorita seleção de Marrocos, Angola entrou forte em solo queniano e até conseguiu inaugurar o marcador, aos sete minutos, por Jó Paciência, num belo trabalho individual, a driblar um defesa adversário, depois de ser lançado por Muafulo Tomás, que havia recuperado a bola no flanco direito.

Porém, a festa angolana durou pouco tempo, já que passados só cinco minutos, ou seja, aos 12′, ainda antes de se completar o quarto de hora inicial, sofreu o 1-1, de penálti, convertido por Austin Odhiambo, que havia sofrido falta cometida, de forma desajeitada, pelo defesa angolano Joaquim Balanga, após revisão do VAR.

Marvin Nabwire, do Quénia, foi expulso cedo, aos 21′, devido a acumulação de cartões amarelos, ao agarrar o atacante angolano Solitário depois da tremenda asneira do guarda-redes Bryne Omondi, que perdeu a bola ao tentar afastar um passe atrasado. O caminho poderia estar aberto para Angola vencer, mas não foi bem assim.

Oportunidades perdidas
ditaram o resultado final

Angola teve duas excelentes oportunidades para voltar a passar para a frente do marcador, a primeira de novo com Jó Paciência, atacante do FC Bravos do Maqis, em destaque, ao rematar de cabeça para uma grande defesa de Bryne Omondi e depois Alpha Onyango a valer ao intercetar um poderoso remate de Gilberto, que levava selo de golo.

A terminar o jogo, já em tempo de compensação, Angola ainda viu a bola entrar na baliza queniana, por Kaporal, que havia saído do banco de suplentes, porém o golo foi anulado por fora de jogo.

Angola somente pode
queixar-se de si própria

Contas feitas, Angola concedeu um golo ao Quénia, num penálti escusado, não aproveitou a superioridade numérica desde os 21 minutos e também não teve a necessária eficácia no momento da finalização para regressar a Luanda com os três pontos na bagagem.

De resto, a estatística fala por si: a equipa de Pedro Gonçalves teve 71 por cento da posse de bola contra 29 por cento dos comandados de Benni McCarthy, fez 25 remates, contra apenas seis dos anfitriões. O Quénia acertou uma vez no alvo (golo) e Angola atirou à baliza em sete ocasiões.