Diferendo entre Kylian Mbappé e o PSG

Os advogados de Kylian Mbappé anunciaram esta quinta-feira, numa conferência de imprensa, o embargo de 55 milhões de euros das contas do Paris Saint-Germain (PSG), devido aos alegados pagamentos em falta ao avançado do Real Madrid.

Depois de a Comissão Superior de Recurso da Federação Francesa de Futebol ter anunciado a desistência da deliberação, o caso entre o avançado e o clube francês irá agora seguir para os tribunais comuns.

“Estamos convencidos de que o tribunal do trabalho terá todo o interesse em conhecer as regras e os códigos do PSG, que não são exatamente iguais ao Código do Trabalho. Alguns exemplos: a regra que consiste em não emitir um recibo de vencimento quando ainda se tem um jogador sob contrato; a regra que consiste em não pagar as contribuições para a segurança social; a regra que consiste em não emitir um acordo final quando o jogador terminou o contrato”, começou por dizer Frédérique Cassereau, representante do jogador.

Advogado do avançado defendeu o jogador

O advogado acusa o clube parisiense de utilizar métodos que têm o objetivo de desestabilizar Mbappé, que joga agora em Espanha, ao serviço do campeão espanhol e europeu Real Madrid.

“O tribunal do trabalho também estará bastante interessado em descobrir os métodos utilizados. Não se trata de um jogo, mas de um método que consiste em marginalizar, desestabilizar e até humilhar. Há também o método do exercício digital, que existe, de facto”, referiu.

Kylian Mbappé, antigo jogador do Paris Saint-Germain. Foto: Getty Images

Francês está agora no Real Madrid

Cassereau continuou a falar sobre as “táticas” utilizadas pelos campeões franceses, falando de métodos de intimidação que colocam os jogadores sob pressão e que os obrigam a assinar alterações aos contratos.

“Depois, há todas as pequenas táticas quotidianas de intimidação, destinadas a quebrar o moral dos jogadores, colocá-los sob pressão e a obrigá-los a assinar uma alteração ao seu contrato de trabalho. Toda esta orquestração causou danos incomensuráveis”, afirmou.