“Gostei de algumas coisas que a equipa fez”
No rescaldo do triunfo do Manchester United sobre o Bodo/Glimt, por 3-2, na 5.ª jornada da fase de liga da Europa League, o treinador Ruben Amorim aproveitou igualmente para analisar a exibição de Rasmus Hojlund. O avançado dinamarquês bisou na reviravolta inglesa.
Em conferência de imprensa, de um jogo que o Somos Fanáticos acompanhou em direto e ao minuto, o treinador português teceu elogios ao adversário, mas aproveitou para destacar o potencial do ponta de lança dinamarquês, entre outros aspetos.
«Acho que melhorámos vários fatores, mas este jogo foi para uma competição diferente e frente a um adversário diferente. Melhorámos com a bola, puxámos a equipa para a frente e criámos mais oportunidades. Deveríamos ter matado o jogo, porque sofremos duas transições [no fim]. Foi algo de índice físico. Mas gostei de algumas coisas que a equipa fez esta noite”, referiu.
“Ainda não fiz nada…”
“A receção foi especial, porque metade dos presentes no estádio não me conhecem, só sabem que vim de Portugal. Ainda não fiz nada pelo clube, mas, pela forma como me apoiaram, fez-me sentir que não estou sozinho. Sinto-me um deles e espero não desiludir os adeptos”, destacou o ex-Sporting.
“Penso que o Hojlund tem de melhor a ligação e a receção, porque dá demasiados toques quando retém a posse. Contudo, é importante e oferece a ligação para as transições. Nos golos foi agressivo na área e é um jogador de qualidade. Ele marca os golos mais difíceis, mas tem muito para melhorar. Todavia, fez um ótimo trabalho esta noite”, sublinhou Ruben Amorim.
Hojlund sobre Ruben Amorim: “Graças a ele funcionou…”
“Bodo/Glimt? É uma equipa bem trabalhada, conhecem-se muito bem. Se virem os golos, foram jogadas de um toque. São muito rápidos e fortes. Nas transições sentimos que têm muita força e são capazes de criar dificuldades. Foi um jogo complicado, mas controlámos e mantivemos a bola longe do adversário. São uma boa equipa e acho que vão ganhar a liga [da Noruega], de novo”, vaticinou.
Por fim, o próprio Hojlund destacou o papel do treinador. “O Ruben disse-me para não pensar muito nos jogadores atrás de mim e apenas trabalhar no que eu posso ver à minha frente. Vimos isso logo no primeiro golo. Segundo golo? O treinador disse-me no intervalo para continuar a correr em direção ao primeiro poste. Graças a ele funcionou no lance do 3-2“, afirmou, assim, à BBC Sport.
A terminar, o dinamarquês admitiu ainda que é preciso paciência para as mudanças efetuadas terem bons resultados e que isso será mais notado a longo prazo. “É óbvio que tudo vai levar o seu tempo e já podemos ver alguns padrões. Agora, para nós, é hora de construir. Para mim, este sistema faz-me lembrar o 3x4x3 em que estive na Atalanta. O estilo combina bem comigo“, concluiu.