Ficou tudo igual entre mexicanos e italianos
O Monterrey, com a lenda Sergio Ramos em campo, e o Inter Milão defrontaram-se na madrugada desta quarta-feira (18), em jogo do Mundial de Clubes. Num dos resultados mais surpreendentes da competição até agora, o emblema mexicano conseguiu travar o vice-campeão europeu, alcançando um empate por 1-1.
O encontro decorreu no imponente Rose Bowl, em Los Angeles, e foi o Inter quem entrou melhor, assumindo o controlo das operações desde cedo. No entanto, o Monterrey apresentou-se bem organizado, contando com vários jogadores espanhóis e argentinos, liderados pelo experiente Ramos. Foi, portanto, o defesa espanhol de 39 anos quem inaugurou o marcador, com um cabeceamento num canto cobrado pelo Óliver Torres, ex-FC Porto.
Apesar da desvantagem, a formação italiana, agora orientada por Cristian Chivu, manteve a sua estratégia. O Inter continuou a pressionar e criou boas oportunidades, mas Sebastiano Esposito não conseguiu concretizar as mais perigosas. Ainda assim, o empate acabaria por surgir aos 42 minutos. Numa jogada estudada e de bola parada, Kristjan Asllani cruzou com precisão para Carlos Augusto, que assistiu Lautaro Martínez, que só teve de “encostar”.
“Não é o suficiente para nós”, apontou Sergio Ramos
No final da partida, o ex-Real Madrid analisou o duelo: “Sabíamos que era um adversário muito difícil, que tinha acabado de ser vice-campeão da Liga dos Campeões. É muito gratificante conquistar um ponto frente a eles, mas não é suficiente para nós“, disse, em conferência de imprensa.
“Estou orgulhoso. Dissemos que íamos competir de igual para igual e conseguimos“, disse Sergio Ramos junto ao troféu que o distinguiu como homem do jogo, igualmente graças ao seu golo de cabeça. Por outro lado, questionado sobre a estratégia por detrás do lance, o “veterano” central preferiu manter algum mistério, num tom bem-disposto: “São coisas de que não se quer falar em público, porque tiram-nos a matrícula“, brincou.
O que terá dito o central sobre o próximo adversário?
Ainda assim, revelou que o golo foi fruto de trabalho específico nos treinos: “Era uma jogada que vínhamos a ensaiar há uma semana e saiu como planeado. É preciso o bloqueio de vários colegas de equipa para atacar o espaço com aquele segundo de vantagem que nos permite saltar, subir com essa superioridade e com essa vantagem”, explicou Ramos.
“A execução correu bem, foi para onde eu queria, mas espero que não seja o último golo neste campeonato“, referiu o campeão do mundo em 2010, que inclusive celebrou o golo com uma comemoração que fez lembrar as de Cristiano Ronaldo, que foi seu colega nos madrilenos. “O futebol tem essa parte bonita dos festejos dos golos. Portanto, poder provocar a maior expressão de alegria nos adeptos é sempre um enorme motivo de orgulho“, rematou.
Por fim, Sergio Ramos, capitão do Monterrey desde o início do ano, sublinhou que o grupo ainda tem muito a melhorar antes do próximo desafio, frente ao River Plate. “Contra o River será um jogo muito disputado, com um nível de exigência muito elevado, sobretudo ao nível dos duelos, da intensidade e da agressividade. Embora tenhamos feito muitas coisas bem, temos de destacar as que fizemos mal, para podermos aprender com elas”, concluiu.