“Nem foi preciso marcar com as mãos”
Ricardo Chéu pediu desculpa aos adeptos do 1º de Agosto na sequência de uma polémica levantada por algumas palavras suas. Após a vitória do Petro de Luanda frente ao Luanda City, na última semana, o treinador deu uma ‘bicada’ ao clube rival. Agora, a dias de medir forças em casa do 1º de Agosto, o português abana a bandeirinha branca da paz.
“O Petro é muito forte. Ganhámos por 1×0 e nem foi preciso marcar o golo com as mãos“, disse então, após a vitória pela margem mínima em jogo para acerto de calendário. “A verdade é que a nós dão-nos quatro ou cinco minutos de compensação, enquanto aos outros são concedidos onze e acabam por marcar aos doze“.
Referia-se, de forma indireta, ao encontro do 1º de Agosto com o São Salvador do Zaire, onde o primeiro golo dos militares terá sido precedido de falta e o segundo foi marcado ao cair do pano. Os três pontos que o Petro conquistou nesse jogo, porém, permitiram à equipa liderada pelo luso recuperar a liderança do Girabola, apesar de ter até um jogo em atraso.
Jogo com grande carga emocional
No entanto, a partida da 13ª jornada que opõe os dois colossos da capital pode mudar tudo – já que as equipas estão separadas apenas por 2 pontos. Em antevisão à partida, Ricardo Chéu aproveitou para reconhecer que esteve menos bem.
“Peço desculpa por alguma palavra que tenha sido mal interpretada pelos adeptos do clube rival, o 1º de Agosto. Faz parte da emoção, também sou humano e tenho sentimentos. Se calhar, reconhecer também um pouco a parte da humildade”, disse, antes de falar da importância da partida.
“Sabemos que o jogo tem uma carga emocional muito grande para os adeptos, mas para nós é mais um. É um jogo que vale 3 pontos, tal como os outros. Independentemente de tudo, e com o acerto de calendário, podemos sair deste jogo como líderes do campeonato. Sabemos da responsabilidade e queremos muito ganhar“, garantiu o treinador.
Petro de Luanda procura manter-se na liderança do Girabola. Foto: Petro de Luanda
Apelo importante
O português pediu aos adeptos que encarem o jogo com entusiasmo, mas sempre dentro dos limites e valores próprios do desporto. “Quero acima de tudo apelar a uma coisa importante: o respeito que tem de haver dentro do jogo e fora de campo também, entre as massas associativas. Porque isto é um desporto de família”, pediu Ricardo Chéu.
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O jogo entre o Petro de Luanda, líder do Girabola com 29 pontos, e o 1º de Agosto, que segue logo atrás com 27, está agendado para o próximo domingo (8), às 16h. O Wiliete de Benguela, que pode beneficiar da perda de pontos de um dos – ou de ambos os – emblemas, visita a Académica do Lobito. Está em terceiro lugar, com 26 pontos.