Michel Platini e Joseph Blatter absolvidos
Os ex-presidentes da FIFA e da UEFA, o suíço Joseph Blatter e o francês Michel Platini, respetivamente, foram esta quinta-feira definitivamente absolvidos das acusações de pagamento ilícito ao ex-futebolista internacional gaulês, após o Ministério Público helvético ter recusado recorrer.

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“O Ministério Público da Confederação renuncia a apresentar recurso”, revelou esse organismo em comunicado, aceitando a decisão de primeira e segunda instância. Em 25 de março, ambos tinham sido absolvidos uma primeira vez pela justiça da Suíça.
O Ministério Público suíço tinha recorrido da primeira decisão em julho de 2022, mas o Tribunal Penal Federal, reunido em Muttenz, voltou a não encontrar motivos para haver condenações.
Ministério Público suíço não recorreu
No dia 4 de março, o gabinete do procurador-geral da Suíça tinha pedido que fosse aplicada a ambos a pena de um ano e oito meses de prisão, suspensa pelo mesmo período, pelo pagamento ilícito de cerca de 1,8 milhões de euros da FIFA ao presidente da UEFA na altura.
Blatter e Platini, que incorriam numa pena de até cinco anos de prisão, voltaram a ir a tribunal, depois de serem ilibados num primeiro julgamento dos crimes de corrupção, fraude, falsificação, apropriação indevida de fundos e má gestão.

Joseph Blatter e Michel Platini. Foto: Getty Images
Em causa pagamento ilícito da UEFA à FIFA
Na base da acusação está o recebimento daquela quantia em 2011, por serviços prestados por Platini como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002, tendo ambos justificado que o valor foi tão diluído no tempo porque as finanças da FIFA, na altura, não permitiram o pagamento de outra forma.

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A acusação considerou que o pagamento efetuado pela FIFA a Platini, que se tornou posteriormente presidente da UEFA, entre 2007 e 2015, foi ilícito, mas Blatter e o ex-internacional francês alegaram ter sido o resultado de um “acordo de cavalheiros”, efetuado sem testemunhas.