Robert Lewandowski afastou-se temporariamente da seleção da Polónia
O avançado Robert Lewandowski é o futebolista com maior número de internacionalizações e de golos marcados na seleção da Polónia. Contudo, o jogador do Barcelona anunciou esta segunda-feira (09) o seu afastamento da equipa nacional, apenas enquanto Michal Probierz continuasse a ocupar o cargo de selecionador.
“Atendendo às circunstâncias e à perda de confiança no selecionador polaco, decidi retirar-me da seleção nacional enquanto ele permanecer em funções. Espero poder ter oportunidade de voltar a jogar para os melhores adeptos do mundo”, escreveu assim o goleador nas suas redes sociais.
O conflito surge após Probierz ter decidido nomear o médio Piotr Zielinski como capitão da seleção. Ele fê-lo em substituição de Lewandowski, depois deste ter pedido dispensa dos jogos com a Moldávia e a Finlândia.
O que é que o ex-capitão polaco terá referido?
Contudo, na sequência das declarações de Probierz e em declarações ao WP Sportowe, Lewandowski veio a público dar a sua versão dos factos, depois de ter renunciado à sua própria seleção.
“Recebi uma chamada surpreendente do selecionador com a informação de que me tinha tirado a braçadeira. Não estava preparado para isso. Estava a deitar os meus filhos na cama e a conversa durou quase um minuto. Nem tive tempo de informar a minha família ou falar com alguém sobre o que aconteceu, porque momentos depois apareceu uma mensagem no site da Federação. Portanto, a forma como me comunicaram surpreendeu-me muito“, explicou.

Probierz, Lewandowski e vários jogadores polacos em união com os adeptos. Foto: Michael Steele/Getty Images.
“Não se trata sequer da decisão da braçadeira”
“Levo 11 anos com a braçadeira e 17 na seleção. Pareceu-me que estes assuntos deveriam ser tratados de outra forma. Principalmente porque falta muito para a próxima concentração. Além disso, temos um jogo importante pela frente e foi tudo comunicado por telemóvel. Não deveria ser assim. O treinador traiu a minha confiança“, afirmou.
Por fim, o avançado disse ainda que não se importa de perder a braçadeira, só que queria que as coisas fossem explicadas de uma maneira diferente: “Não é que de repente me sinta ofendido com a seleção. Ao longo dos anos, sempre dei tudo e a seleção sempre foi o mais importante para mim. Ao mesmo tempo, estou chateado com o que aconteceu. Não se trata sequer da decisão sobre a braçadeira, mas sim da forma como foi comunicada“, salientou.

Veja também
Robert Lewandowski afasta-se da seleção da Polónia enquanto Michal Probierz for o selecionador
“Tenho a impressão de que o selecionador cedeu à pressão mediática e não cumpriu os nossos acordos. A decisão de não ir a esta convocatória foi um pacto mútuo e não se explicou. Estava de acordo em apresentar-me na concentração, mas decidimos que não. Sempre tentei encontrar a melhor solução e sou uma pessoa com quem se pode falar. Só que depois de não ir houve muito ruído mediático”, concluiu, portanto, o jogador de 36 anos.