Acusado pela Premier League
Manchester City diz inocência
Em fevereiro de 2023 rebentou uma bomba no mundo do futebol, quando a Premier League anunciar 115 acusações de burla por parte do Manchester City, no fair-play financeiro da competição num total de nove anos, entre 2009 e 2018.
Volvidos mais de dois anos, o caso parece esquecido, como se nada se tivesse passado e as 115 acusações fizessem parte de um imaginário criado por uns malvados, desmancha-prazeres, invejosos do dinheiro do Manchester City e do mundo cor-de-rosa em que vivem os clubes mais ricos do mundo.

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Mas esta quarta-feira, o pesadelo do Manchester City voltou a ser real e voltou à tona, merecendo debate nos mais prestigiados órgãos de comunicação social de Inglaterra, na sequência da entrevista de Richard Masters, presidente executivo da Premier League à Sky Sports.
Frustração pela espera mas confiança na independência
“A minha frustração é, na verdade, irrelevante. Quer dizer, só tenho de esperar, e os processos legais raramente demoram menos tempo que o previsto. Temos de ser pacientes“, declara Richard Masters.
O presidente executivo da Premier League explica os procedimentos: “Uma vez apresentadas as alegações, a acusação é submetida a um painel independente, selecionado de forma independente, fica responsável pelo processo e pelos seus prazos.”

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Richard Masters sublinha: “Eles analisam o caso, decidem o desfecho, e nós não temos qualquer influência sobre isso, sobre o processo ou o seu calendário. E é assim que deve ser, se pensarmos do ponto de vista da independência, que há pessoas independentes a tomar essas decisões e nós só temos de esperar.”

De um clube reduzido ao segundo escalão inglês em 26 temporadas a campeões da Europa, eis um dos muitos ‘milagres’ que o dinheiro consegue operar. Foto: David Ramos/Getty Images
Manchester City obviamente refuta todas as acusações
O Manchester City foi acusado de não ter comunicado informações financeiras exatas durante nove épocas, de 2009 a 2018 e de não ter fornecido todos os pormenores sobre o salário do ex-treinador Roberto Mancini, de 2009 a 2013.
Além disto, o Manchester City é igualmente acusado de não ter fornecido todos os pormenores da remuneração nos contratos com os jogadores de 2010 a 2016 e de não ter cooperado com a investigação durante cinco anos, de 2018 a 2023.
Obviamente, o Manchester City nega qualquer irregularidade nas 115 acusações e assegura ter um “conjunto abrangente de provas irrefutáveis” para limpar o seu nome. Recorde-se que o Manchester City deixou de ser um clube irrelevante na realidade do futebol inglês desde a absurdamente milionária aquisição apoiada pelo regime dos Emirados Árabes Unidos, liderada pelo jovem Sheik Mansour, em 2008.

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Oito de 10 títulos na Premier League foram conquistados desde 2012 e a Liga dos Campeões foi conquistada pela primeira vez em 2023, filme que já vimos acontecer com o Chelsea de Roman Abramovich e, recentemente, com o PSG, propriedade da Qatar Sports Investments, que tem como presidente executivo Nasser Al Khelaifi.
Se o Manchester City for considerado culpado, enfrentará uma série de castigos, que vai da penalização em pontos, retirada de títulos e inclusive a expulsão da Premier League, significando a queda direta para o 3.º escalão de Inglaterra.