FC Porto prepara Mundial de Clubes com Pepê
O FC Porto atravessa uma temporada desafiante, sem títulos conquistados e com o 3.º lugar na Liga Portugal apenas assegurado na última jornada. Apesar disso, o plantel orientado por Martín Anselmi e a direção presidida por André Villas-Boas já apontam baterias ao próximo grande objetivo: o Mundial de Clubes.
Numa entrevista concedida à FIFA, Pepê partilhou o entusiasmo da equipa para esta competição inédita: “As expectativas são as melhores possíveis. É o primeiro Mundial de Clubes neste formato e estar entre as 32 melhores equipas do mundo é algo muito gratificante. Esperamos ter um bom desempenho e alcançar o nosso objetivo de todas as competições, que é ganhar o título.”
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Então, o extremo do FC Porto manifestou o desejo de viver uma experiência marcante durante a prova, que decorrerá entre 14 de junho e 13 de julho: “O Mundial de Clubes é uma competição nova e vai misturar muitas culturas e estilos de jogo. Acho que dá um pouco de frio na barriga e uma ansiedade grande para podermos começar e vivenciá-lo.”
“O Mundial de Clubes vai misturar muitas culturas e muitas festas”
Então, Pepê está ainda mais motivado pelo facto de a competição se realizar no continente americano: “Eu joguei a última Copa América nos Estados Unidos e sei como é o povo sul-americano e como veem o futebol e a paixão que eles têm. Poder ter toda a gente representada neste Mundial de Clubes vai misturar muitas culturas e muitas festas. Espero que seja um grande espetáculo para todos.”
Para além do entusiasmo competitivo, o jogador sublinhou a dimensão emocional do futebol na sua vida: “Acho que é uma coisa que mexe um pouco comigo, porque é o meu trabalho e o meu desporto, e é daquilo que eu vivo. E ver a alegria que eu posso proporcionar para outras pessoas, como os adeptos, é muito gratificante. O futebol une vários estilos e culturas em todo o mundo, e dá para ver que é algo muito gratificante e que mexe com todos.”
Mas, na sua perspetiva, o futebol também tem o poder de unir comunidades dentro da mesma cultura. O internacional brasileiro deu o exemplo do seu país: “Posso falar sobre o povo brasileiro e o quanto são apaixonados pelo futebol. Sabemos das dificuldades que há no Brasil, por causa de questões políticas e outras questões. E vemos pessoas que não têm… Por exemplo, quando há um Mundial dá para ver o quanto une as pessoas e faz com que as pessoas se abracem e que estejam juntas. É algo muito gratificante e que me deixa cada vez mais entusiasmado por poder jogar este desporto que tanto amamos.”
“O racismo é uma coisa muito séria”
No entanto, nem todas as experiências associadas ao futebol são positivas. Ao longo da sua carreira, Pepê já esteve próximo de episódios de racismo, como referiu na entrevista: “Tive alguns exemplos com o próprio Galeno, uma vez que o atacaram no Instagram dele. É uma situação muito chata. Nós sabemos que o racismo não é correto e sabemos que é algo que não se deve cometer, não se deve fazer… O Brasil tem muitos casos de racismo. O próprio Vinícius Júnior tem sido muito atacado em Espanha. E é algo chato e algo que tentamos combater, porque não é bom para o futebol e para a sociedade.”
Vinícius Júnior tem sido alvo de racismo em Espanha. Foto: Getty Images
Assim, o jogador pediu medidas mais eficazes no combate ao racismo: “Acho que é preciso tomar medidas mais fortes. O racismo é uma coisa muito séria, mexe com muitas vidas e muitas pessoas, e acho que precisa de ser combatido.”
