Ronald de Boer critica gestão do Barcelona
A administração atual do Barcelona recebeu duras críticas de Ronald de Boer. O ex-jogador do clube, em entrevista à Ziggo Sport, manifestou sua insatisfação com a polêmica envolvendo a inscrição de Dani Olmo, destacando que o clube esteve perto de perder o jogador devido às restrições do Fair Play Financeiro.
De Boer comparou a situação financeira do clube a uma empresa, argumentando que o Barcelona só continua ativo por ser uma instituição esportiva. “Se fosse uma empresa comum, já teria falido há muito tempo. É loucura que isso ainda aconteça. Outros clubes que seguem as regras acabam prejudicados, enquanto o Barcelona continua encontrando formas de se manter”, disse o holandês.
Após recorrer ao Conselho Superior de Esportes, o Barcelona conseguiu reverter a decisão da LaLiga e regularizou as inscrições de Dani Olmo e Pau Víctor. No entanto, a atitude gerou revolta entre outros clubes espanhóis, que consideraram a decisão injusta.
Preocupação com a imagem do clube
De Boer também destacou o impacto negativo dessas ações na reputação do Barcelona. Para ele, as constantes polêmicas mancham a história de um dos clubes mais tradicionais do mundo. “Isso virou uma novela. O Barcelona parece disposto a tudo para ter Olmo, que é crucial para o time. Mas é lamentável ver um clube tão bonito recorrendo a essas estratégias repetidamente”, afirmou.
O ex-jogador mencionou a pressão sobre o presidente Joan Laporta, que tenta equilibrar as finanças do clube enquanto mantém o elenco competitivo. “Laporta está sob enorme pressão. É absurdo que o Barcelona continue vivendo essas situações. Não sei como isso vai acabar, mas é uma vergonha para o clube”, completou.
Problemas financeiros e planejamento falho são os principais problemas
De Boer também criticou a mudança de postura do Barcelona em relação a patrocínios, algo que antes era evitado, mas hoje faz parte da realidade do clube. “Agora, vendem tudo o que podem. Eles queriam competir com o Real Madrid a qualquer custo, mas perderam o controle. Pensaram que poderiam alcançar tudo, mas o céu não é mais o limite para eles”, declarou.
O ex-meio-campista ainda comentou sobre os atrasos nas obras do novo estádio, que enfrenta diversos contratempos. “O estádio deveria estar pronto em novembro, mas não ficará. Parece que não há fim para esses problemas. Eles prometeram mais do que podiam entregar, e agora enfrentam as consequências disso”, finalizou.