O que aconteceu com David Luiz em sua reestreia na Champions?
O aguardado retorno de David Luiz à Champions League, quase oito anos depois, durou muito menos do que torcedores e imprensa imaginavam. Aos 38 anos, o experiente zagueiro foi substituído ainda no primeiro tempo do empate sem gols entre Pafos e Olympiakos, na Grécia.
A expectativa era de nostalgia e reencontro com o cenário que projetou o brasileiro ao mundo. Campeão europeu pelo Chelsea em 2012, David Luiz voltou ao torneio continental defendendo um modesto clube cipriota. A cena, porém, transformou-se em preocupação.
Aos 23 minutos, o defensor sentiu o músculo, ajoelhou-se no gramado e precisou de atendimento médico. Tentou retornar, mas a limitação era visível. Aos 32, saiu cabisbaixo, cedendo lugar ao lateral Pilea. O semblante do jogador refletiu a frustração de quem esperava escrever outro capítulo.
Não foi apenas uma lesão. Foi o peso de um reencontro adiado por quase uma década. Desde novembro de 2017, na goleada do Chelsea sobre o Qarabag, David não disputava a principal competição de clubes do mundo. Para muitos, tratava-se de um fechamento de ciclo.
Nas redes sociais, a reação foi imediata. Torcedores expressaram tristeza e empatia, lembrando a carreira marcada por títulos e momentos icônicos. “Pura nostalgia ver David Luiz em campo na Champions”, escreveu um fã. Outro destacou como “brutais” podem ser as lesões em veteranos.
Brasileiros retornam à Champions League
O confronto também trouxe reencontros. Pelo Pafos, os brasileiros Jajá e Pedrão acompanharam de perto o drama do compatriota. Do outro lado, Rodinei, ex-Flamengo, foi titular no Olympiakos, dando ao duelo um tom ainda mais familiar ao público brasileiro.
Para o Pafos, o empate fora de casa tem um certo valor. Para David Luiz, porém, fica o amargo sabor de uma chance desperdiçada. O retorno à Champions, tão aguardado, virou um lembrete cruel da vulnerabilidade do corpo diante do tempo.
A imagem final do zagueiro deixando o gramado diz mais do que o placar. Um veterano que ainda busca espaço no futebol europeu, mas que convive com as limitações naturais da idade. O futebol, afinal, nem sempre entrega finais de conto de fadas.