Supercomputador antecipa chances na Copa

Falta um dia para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, mas a empresa de dados Opta se adiantou. Ela rodou 10 mil simulações no seu supercomputador e, nesta quarta-feira, divulgou a lista de chances de cada seleção ser campeã.

Europa domina topo do ranking

O resultado deixou muitos brasileiros surpresos: o time de Fernando Diniz aparece só em 7.º lugar, com 5,6 % de probabilidade de erguer a taça. Quem lidera o estudo é a Espanha, atual campeã da Euro e da Liga das Nações, com 17 %. Em seguida vêm:

• França – 14,1 %
• Inglaterra – 11,8 %
• Argentina – 8,7 %
• Alemanha – 7,1 %
• Portugal – 6,6 %
• Brasil – 5,6 %
• Holanda – 5,2 %

O algoritmo considerou resultados oficiais desde 2014, força dos elencos e desempenho recente em eliminatórias e torneios continentais. Cada teste seguiu o formato do novo Mundial, que terá 48 seleções e mata-mata maior.

Segundo analistas da própria empresa responsável pelo estudo, “os números valorizam regularidade. Espanha, França e Inglaterra têm trabalhos sólidos e elencos jovens e profundos. O Brasil ainda busca um estilo de jogo estável”.

Para a atual campeã Argentina, a chance é de 8,7 %. Consultores da Opta lembram que o elenco manteve a base vitoriosa de 2022, mas dois anos mais velho e ainda muito dependente de Messi.

Projeção do supercomputador da Opta para a Copa do Mundo de 2026 — Foto: Reprodução

Na outra ponta, três países não têm qualquer possibilidade: Jordânia, Curaçao e Haiti marcam 0 %. Arábia Saudita, Nova Zelândia, Catar, Panamá e Cabo Verde aparecem com só 0,1 %.

“Essas equipes precisariam de uma evolução técnica improvável e de um sorteio perfeito, algo quase impossível”, diz o relatório. Ainda existe 3,7 % de chance de o título ficar com alguma das seis seleções que virão das repescagens de março.

Seleção Brasileira busca reverter previsões desfavoráveis

A CBF recebeu o resultado “com respeito, mas sem pânico”. A direção aposta que a renovação iniciada em 2023 será testada na Copa do Mundo do próximo ano. “Se chegarmos fortes em 2026, esses números mudam”, afirma um dirigente.