A decisão de Neymar de se juntar ao Al Hilal para as próximas duas temporadas na Arábia Saudita surpreendeu muitos fãs e observadores do futebol, especialmente considerando sua idade de 31 anos e a possibilidade de continuar atuando na Europa. No entanto, o ex-lateral Gabriel, amigo próximo do jogador, ofereceu uma nova perspectiva sobre essa escolha, destacando que a decisão envolve muito mais do que apenas dinheiro.

O anúncio da transferência de Neymar para o Al Hilal gerou críticas, com alguns sugerindo que o movimento foi motivado principalmente pelo substancial montante financeiro envolvido no acordo. No entanto, Gabriel, que tem uma relação próxima com Neymar, compartilhou uma visão diferente, enfatizando que a decisão do camisa 10 também foi influenciada pelo desejo de passar mais tempo e estar mais próximo de sua família.

Depois vou ver o que acontece

“O que ele me falou foi o seguinte: estou feliz, vou criar a minha filha aqui, vou viver um tempo com a minha família aqui na Arábia Saudita, e depois vou ver o que acontece. Lá ele vai ficar afastado de toda essa pressão, de tudo isso, claro que, hoje, com a rede social, não tem muito para onde correr, mas vai viver dois anos com a família dele, se Deus quiser vai ser de glória e vitória lá, e vai bater recorde, vai continuar jogando e encantando o mundo com o futebol, e depois vai pensar no que vai fazer. Foi isso que a gente falou na última conversa”, disse Gabriel.

O dinheiro para ele importa

Além disso, Gabriel também abordou o aspecto financeiro da transferência de Neymar para o Al Hilal. Ele reconheceu que o jogador receberá uma quantia significativa durante seu tempo na Arábia Saudita, mas enfatizou que a decisão não foi tomada exclusivamente com base em dinheiro.

“O cara tem a família dele, tem o estafe dele, que ajuda ele a decidir sobre a carreira e a vida. Ele fez um contrato milionário de dois anos, não é só questão de dinheiro, mas o dinheiro para ele importa, como para todo mundo importa. Eu quero ver cada um se colocar na situação dele, porque na situação do outro é mole falar, ‘eu não iria jamais’, aí pinga um mar de dinheiro na sua frente falando ‘vem, dois aninhos’, e você vai falar ‘não, não vou’. É muito complicado você tomar essa decisão, apesar de parecer fácil. São dois anos na Arábia, vai continuar jogando, alegrando e encantando o futebol do mundo. Vários outros craques do futebol mundial foram para lá, o próprio Cristiano Ronaldo, Benzema, um monte, e ele não foi diferente. Foi uma decisão que ele achou melhor. Mandei uma mensagem para ele ‘estou com você, são dois aninhos, daqui a pouco você decide se volta para o Brasil, vai para os Estados Unidos, você volta para a Europa’. Futebol ele tem para queimar aí mais um tempão”, completou.

A escolha de Neymar de continuar sua carreira no Al Hilal, mesmo após atingir um status de renome internacional, ilustra a importância de equilibrar as prioridades pessoais e profissionais. Para o jogador, essa mudança representa uma oportunidade de criar uma nova dinâmica em sua vida, priorizando não apenas seu sucesso no campo, mas também seu papel como pai e membro da família.