Allianz Parque

O meio-campista Zé Rafael, recentemente anunciado como reforço do Santos, manifestou suas preocupações em relação à sua possível estreia pelo clube no próximo dia 12, que acontecerá no Allianz Parque. Este estádio, conhecido por seu gramado sintético, apresenta desafios específicos para os jogadores.

Durante uma entrevista, Zé Rafael compartilhou suas reflexões sobre as dificuldades de atuar em uma superfície artificial. Ele mencionou sua experiência anterior jogando por muitos anos no Allianz, o que, segundo ele, não deveria representar um problema. No entanto, por ser seu primeiro jogo após um período de inatividade, ele teme que possa enfrentar dificuldades.

Ele destacou que jogadores que não têm o hábito de atuar frequentemente em gramados sintéticos tendem a sofrer mais. Observou que, em diversas partidas, atletas visitantes acabaram se lesionando. Ainda assim, Zé Rafael mantém uma perspectiva positiva, esperando que ele e seus colegas de equipe permaneçam ilesos.

A escolha do Allianz Parque como local para a partida gerou debates acalorados, especialmente após Neymar liderar um manifesto contra gramados sintéticos no futebol brasileiro. Figuras notáveis do esporte, como Thiago Silva, Gabigol, Lucas Moura, Alan Patrick e Philippe Coutinho, também se uniram ao movimento.

Eles criticam a utilização desse tipo de gramado, apontando riscos à saúde dos atletas e possíveis prejuízos à qualidade do futebol praticado. Em uma carta aberta, jogadores expressaram sua insatisfação, afirmando que a discussão sobre gramados sintéticos não deveria sequer existir.

A arena, com gramado sintético, gerou debates sobre os riscos à saúde dos jogadores, com figuras do futebol brasileiro e internacional se manifestando contra essa superfície artificial. (Foto de Miguel Schincariol/Getty Images)

Santos

Marcelo Teixeira, presidente do Santos, compartilhou que o departamento médico do clube aconselhou a evitar gramados artificiais, especialmente para preservar Neymar, que se encontra em fase de recuperação de uma lesão. Para Teixeira, uma nova contusão comprometeria o planejamento em torno do craque, cujo vínculo inicial com o clube é de seis meses.

A discussão sobre gramados sintéticos não se limita ao cenário nacional. Internacionalmente, a questão também é relevante. Lionel Messi, por exemplo, tem em seu contrato uma cláusula que o dispensa de atuar em campos com superfícies artificiais na Major League Soccer (MLS), devido a preocupações relacionadas a possíveis lesões.

Sintético: segurança ou risco para Palmeiras e futebol?

Contrapondo as críticas, times como o Palmeiras defendem a utilização de gramados sintéticos, argumentando que possuem certificação da FIFA e que não há evidências científicas robustas que comprovem um aumento no risco de lesões. Dessa forma, o debate persiste, com jogadores e clubes apresentando argumentos focados em segurança, desempenho e manutenção.