Há controvérsias em torno da criação da Superliga na Europa. Enquanto alguns a veem como um grande evento, outros a consideram como a “morte do futebol”. Recentemente, Toni Kroos, jogador de destaque do Real Madrid, posicionou-se a favor da criação da competição, juntando-se a outros defensores influentes.

A Superliga não tem planos de excluir nenhum clube

“Eu acho que vamos ver a Superliga. Eu acredito por várias razões. A ideia do campeonato mudou e merece ser ouvida. A Superliga não tem planos de excluir nenhum clube. É uma competição esportiva, um torneio aberto gerenciado pelos clubes e não pela Uefa, porque as equipes acreditam que não precisam da Uefa para isso”, opinou o meio-campista do Real Madrid em seu podcast.

A Superliga europeia teria a participação de 80 clubes de diversos países, cada equipe jogando pelo menos 14 partidas em suas respectivas divisões. A criação dessa competição não eliminaria a existência dos campeonatos nacionais e não haveria clubes fixos permanentemente na Superliga.

No entanto, a Uefa se opõe à criação da Superliga. Em uma reunião realizada no final do ano passado, a principal entidade europeia reiterou sua posição contrária ao projeto.

O futebol europeu está à beira do abismo

A empresa A22 é a principal promotora da criação da Superliga. Em entrevista ao jornal espanhol “El País”, o CEO da empresa, Bernd Reichart, explicou como a competição seria organizada:

“O futebol europeu está à beira do abismo. Surgiram enormes desequilíbrios em todo o nosso continente e os tradicionais clubes europeus, com um passado glorioso, estão hoje impossibilitados de competir”, disparou ele, que prosseguiu:

“Em outubro do ano passado iniciamos um processo de diálogo com quase 50 clubes e a conclusão compartilhada por quase todos eles é que os alicerces sobre os quais o futebol europeu é construído estão seriamente ameaçados. Chegou a hora de fazer mudanças”, cravou o responsável pelo projeto da Superliga.