Arsenal e a sina do vice
Após o Arsenal largar na Champions League com triunfo de 2 a 0, nesta terça-feira (16), diante do Athletic Bilbao, o ídolo do clube, Thierry Henry, foi enfático ao pontuar que a temporada dos comandados de Mikel Arteta precisa ser coroada com algum título de expressão, seja a conquista inédita do torneio continental, ou o fim do jejum na Premier League.
No entendimento do ex-jogador francês, as desculpas e a compreensão para com o clube, mediante aos investimentos e toda a tradição ostentada, acabaram. Ele pontuou que na temporada 2025/26, a história do quase precisa acabar, uma vez que ninguém lembra do vice-campeão.
“Sejamos todos sinceros, é obrigatório nesta temporada ganhar algo. É obrigatório. Este ano você não pode voltar e falar sobre lesões. Elas estão acontecendo, mas estão acontecendo em outros clubes também… Não há mais desculpas, não mais nada, você tem este elenco agora e tudo o que precisa para ter um bom desempenho”, iniciou Henry.
Ainda na prospecção do agora treinador, o Arsenal não irá rivalizar somente com o Liverpool pelo título da Premier League, classificando assim que o Manchester City, embora não viva o mesmo momento de outrora, deve ser colocado no páreo.
Gunners e os traumas passados
Nas últimas três edições da Premier League, o Arsenal acabou ficando com o vice-campeonato, duas vezes perdendo a disputa para o Manchester City, onde em uma delas chegou a liderar mais da metade do certame, e na temporada passada sucumbiu na disputa para o Liverpool, que ostentou campanha irretocável, apesar dos números sólidos do time londrino.
Na Champions League 2024/25, os Gunners voltaram a figurar em uma semifinal depois de longo hiato, mas acabaram sendo eliminados pelo PSG, no placar agregado de 3 a 1, após os 180 minutos de disputa. Mais uma vez, o sonho da conquista inédita no continente acabou sendo adiada.
Altos investimentos na janela
Para evitar novas decepções e seguir firme brigando por títulos, o Arsenal reforçou significativamente o seu elenco, trazendo jogadores com status de titular e peças de reposição para Arteta. Ao todo, a diretoria injetou mais de 293 milhões de euros em contratações.
Os principais destaques ficaram por conta do trio Zubimendi (ex-Real Socidad), Eberechi Eze (ex-Crystal Palace) e Viktor Gyokeres (ex-Sporting). Os três juntos custaram 205,1 milhões de euros. No ranking de Premier League, os Gunners só ficaram atrás dos investimentos feitos por Liverpool e Chelsea.