Szczesny reaparece como bombeiro do Barcelona

O bombeiro Szczesny volta a acender as luzes em Montjuïc. Há um ano, Deco e Lewandowski convenceram o polaco a largar a reforma dourada em Málaga para tapar o buraco que a rotura do tendão rotuliano de Ter Stegen abrira em setembro, diante do Villarreal. Custou-lhe readquirir o compasso competitivo, mas, quando o fez, apagou Iñaki Peña da baliza do Barcelona.

Não dececionou. “Na segunda metade da temporada passada vencemos quase todos os jogos e três títulos com ele”, recordou Hansi Flick, sublinhando o impacto do veterano num vestiário em mutação. Desde que pousou na Catalunha, Szczesny sempre soube onde estava o seu lugar, ainda que lhe tenha endurecido a expressão quando Ter Stegen tentou recuperar o trono antes da hora.

A chegada de Joan García funcionou como bálsamo para gerir o estatuto de suplente-de-luxo. “Sou suplente e continuarei a sê-lo, mas não estou a falhar; sabia que a minha função é preparar o Joan García. O Joan tem um potencial incrível, já é um dos melhores da Europa”, afirmou o guardião, abraçando sem reservas o jovem colega.

Lesão de Joan García abre vaga a Szczesny

“Não é bom que o Joan não esteja. O Tek está de volta. É um guarda-redes fantástico, mas também uma pessoa fantástica”, reforçou Flick na antevisão ao fim de semana. O infortúnio, porém, não deu tréguas. Na manhã deste sábado, Joan García foi ao bloco operatório do Hospital de Barcelona para corrigir a lesão no menisco da perna esquerda.

O doutor Joan Carles Monllau executou uma artroscopia e o clube informou que o tempo de recuperação oscilará entre quatro e seis semanas, dependente da evolução. É a deixa para Szczesny voltar a colocar as luvas e oferecer segurança a uma defesa que, na época, sofreu 36 gols em 30 encontros com ele debaixo dos postes.

Flick planeja retorno gradual de Yamal e Balde

A lista de indisponíveis aumenta: Ter Stegen, Fermín, Raphinha e o incansável Gavi continuam no boletim clínico. Flick não esconde preocupação, mas recusa dramatismos. “Acho que tantas lesões não são normais. Estamos a analisar tudo: o que se fez nos dias anteriores, cargas, descanso, para encontrar uma causa. É o nosso trabalho”, sublinhou, creditando a equipa médica pela investigação.

O alemão perde Joan García e Raphinha, mas reabre a porta a Lamine Yamal e Alejandro Balde, ambos já treinando com o grupo. “Veremos se o Lamine estará no banco ou no onze, mas sim, deverá ter alguns minutos”, adiantou o técnico, que desenha um regresso gradual do prodígio segundo colocado na corrida à Bola de Ouro.