Liverpool tem margem financeira, mas adota postura cautelosa

O Liverpool entra na janela de transferências de janeiro cercado por especulações, mas com planos bem definidos nos bastidores. Embora o clube tenha investido valores elevados no último verão europeu, também arrecadou quantias significativas com vendas recentes. Saídas como Caoimhin Kelleher, Jarell Quansah, Tyler Morton, Ben Doak, Luis Díaz e Darwin Núñez ajudaram a equilibrar as contas, conforme o TeamTalk.

No entanto, o Liverpool ainda tem capacidade financeira para gastar, caso considere necessário. Inclusive, o The Athletic reforça que o clube está bem posicionado em relação às regras de lucro e sustentabilidade. Ao todo, £260 milhões (R$ 1,6 bilhão) foram gerados em vendas na última janela, além de receitas vindas de acordos comerciais e da participação na Champions League.

Mas, a diretoria não demonstra intenção de agir de forma agressiva no mercado. A filosofia do clube segue sendo evitar movimentos de curto prazo que não estejam alinhados com o planejamento esportivo, ainda que o cenário atual apresente algumas carências no elenco.

Rumores ganham força, mas expectativa é de inatividade no Liverpool

Além disso, a falta de profundidade na zaga alimentou rumores sobre uma possível investida em Marc Guehi, do Crystal Palace. O defensor segue sendo associado ao Liverpool para janeiro, mas internamente o entendimento é de que o clube pode esperar até o verão europeu, quando ele estará disponível sem custo de transferência, de acordo com o TeamTalk.

Já no ataque, a lesão de Alexander Isak e a ausência de Mohamed Salah durante a Copa Africana de Nações geraram novas especulações. O The Telegraph chegou a apontar uma possível tentativa do Liverpool de atravessar o Manchester City por Antoine Semenyo.

Liverpool se aquece antes da partida da Premier League. Foto: Carl Recine/Getty Images

Ainda assim, jornalistas especializados na cobertura do Liverpool no The Athletic, como Gregg Evans e James Pearce, indicam que a expectativa é de nenhuma contratação em janeiro. A avaliação interna é de que Salah não deve deixar o clube neste período, o que reduziria qualquer espaço no elenco para um reforço ofensivo imediato.

Empréstimos e ajustes internos entram no radar do Liverpool

Aliás, a lesão de Isak deve afastar o atacante por até três meses, com retorno previsto para a reta final da temporada. Por isso, o Liverpool entende que contratar um novo camisa 9 agora criaria um excesso de opções mais adiante, algo que o clube evita. A diretoria reforça que não costuma agir por impulso em situações pontuais, segundo a mesma apuração.

Desta forma, com poucas chances de contratações, o foco passa a ser ajustes internos. Harvey Elliott pode retornar de seu empréstimo ao Aston Villa, embora não exista cláusula de recall automático. O clube também avalia um possível empréstimo de Trey Nyoni, desde que seja para uma equipe que garanta minutos regulares. Outros nomes como Trent Kone-Doherty e Rhys Williams também aparecem como candidatos a saídas temporárias.