Dembélé brilha, PSG goleia Real Madrid e garante vaga na final do Mundial de Clubes

A vitória depor 4 a 0 sobre o Real Madrid não foi apenas uma afirmação coletiva do PSG, mas também uma demonstração clara do impacto técnico que Ousmane Dembélé exerce no sistema de Luis Enrique. Após desfalcar o time nos jogos anteriores, o retorno do camisa 10 devolveu fluidez, velocidade e, principalmente, imprevisibilidade ao ataque.

Dembélé foi protagonista: deu a assistência para o primeiro gol, de Fabián Ruiz, e marcou o segundo com sua característica explosão e drible curto. No entanto, sua influência foi além dos números. Ao se posicionar aberto pela direita, o francês arrastou a marcação e criou espaços determinantes para outros jogadores brilharem.

Um dos mais beneficiados foi Achraf Hakimi. O lateral, com a faixa liberada por Dembélé, avançou diversas vezes em profundidade, somando ultrapassagens, cruzamentos perigosos e até finalizações. Sua conexão com o francês obrigou o Real Madrid a abrir linhas que normalmente são muito compactas.

Achraf Hakimi em ação contra o Real Madrid (Photo by David Ramos/Getty Images)

Vitinha também cresceu com o novo cenário. Com Dembélé fixando a atenção defensiva no setor direito, o português teve mais liberdade para circular entre as linhas e atuar como organizador. Ele foi o motor do meio-campo, associando-se bem com Fabian Ruiz e distribuindo o jogo com inteligência.

Outro destaque foi Khvicha Kvaratskhelia. Com Dembélé puxando a marcação para um lado, o georgiano ganhou duelos mais favoráveis no um contra um pelo lado esquerdo. Sua participação ofensiva foi constante.

A presença do francês ainda tornou o PSG mais agressivo nas transições ofensivas. Ao recuperar a bola, o time tinha em Dembélé a opção de escape vertical, permitindo à equipe quebrar linhas com poucos toques, uma das principais fragilidades do Real Madrid na partida.

PSG x Chelsa na final do Mundial

O domínio técnico e tático do PSG passou, portanto, pela inteligência do treinador e pelo retorno de um jogador que não só decide, mas transforma a forma como o time joga. O Chelsea, adversário da final, que acontecerá no próximo domingo, 13, já sabe de quem precisa cuidar.