PSG na final da Champions League
O PSG já foi símbolo do estrelismo no futebol europeu. Neymar, Lionel Messi e Kylian Mbappé dividiram holofotes por anos, mas os títulos mais importantes nunca vieram. Hoje, com uma proposta mais coletiva, o clube vive seu momento mais promissor sob o comando de Luis Enrique.
A vitória por 1 a 0 sobre o Arsenal, nesta terça-feira (29), em Londres, pela semifinal da Champions League, é exemplo dessa mudança. Com marcação coordenada, disciplina tática e organização ofensiva, o PSG dominou o adversário e está a um empate da final. Dembélé marcou o gol da vitória.
Luis Enrique reformulou o time a partir do meio-campo. Vitinha atua como sustentação e dinâmica, com capacidade de marcação e saída qualificada. Na frente, Barcola, Dembélé e Gonçalo Ramos se movimentam com liberdade, sem centralizar as ações em uma estrela.
Essa estrutura favorece o jogo posicional. O time trabalha com blocos compactos, pressiona alto e ocupa bem os espaços, dificultando a saída adversária. Com isso, a posse de bola se converte em controle do jogo, mesmo fora de casa, como se viu no Emirates Stadium.
Um PSG independente
Diferente da era dos medalhões, o PSG atual não depende de lances individuais para decidir partidas. O protagonismo é distribuído. Fabián Ruiz, Zaire-Emery e Marquinhos contribuem em diferentes setores. O goleiro Donnarumma também vive boa fase, com segurança em jogos grandes.
O ambiente é mais leve e o técnico tem mais autonomia para fazer ajustes. Luis Enrique conseguiu montar uma equipe funcional, que entende o plano de jogo. Ele até falou que o clube está melhor sem Mbappé.
“Fui muito corajoso na temporada passada quando disse que teríamos um time melhor no ataque e na defesa. Ainda acho que somos melhores (em ambos), os números estão aí para dizer isso. Os jogadores encararam isso como um desafio. Claro que gostaríamos de manter Kylian, porque todos o amavam, mas o time está respondendo em um nível espetacular”.
O rei da França
Na França, o PSG já garantiu mais um título da Ligue 1 com rodadas de antecedência. Mas o objetivo é a Europa. O time caminha para alcançar uma final de Champions com méritos táticos, consistência coletiva e sem depender de talentos isolados.