Real Madrid sofre no Metropolitano, mas Arda Güler brilha
O Real Madrid saiu do Metropolitano com muitas interrogações depois do golpe do Atlético. No primeiro teste de verdade da temporada, Xabi Alonso não encontrou as respostas esperadas: a defesa mostrou fragilidades e Carreras e Huijsen foram frequentemente ultrapassados pelas investidas rivais.
Vinícius perdeu intensidade ao longo do duelo, incapaz de manter o impacto que costuma ter nos minutos iniciais. Do lado branco, Mbappé foi a exceção — novamente eficaz na finalização e responsável pelos lampejos que evitavam um resultado ainda mais negativo. Junto a ele, Arda Güler surgiu como o autor do momento de brilho merengue, com um gol que devolveu esperança temporária.
Arda destacou-se como uma das poucas peças com rendimento aceitável no clássico; sua leitura dos espaços e capacidade de aceleração mudaram a dinâmica do jogo quando o Real se viu em desvantagem. Ao acelerar, encontrou Mbappé com um passe que abriu a defesa e, pouco depois, apareceu na área para finalizar e surpreender Oblak — um golo fruto de movimentação e oportunismo.
Participou diretamente nas ações que levaram aos dois golos do Real Madrid: um que marcou e outro que ofereceu. Além disso, sua exibição na Champions League contra o Kairat Almaty já havia mostrado a mesma veia criativa.
Güler e Kylian Mbappé: sintonia perfeita no ataque
No desenho ofensivo, o turco assumiu o papel de condutor das transições, dando sentido às aproximações e organizando a construção. Recebe a bola com calma, gira e já tem pensado o próximo passo, o que o torna perigoso em espaços curtos e em progressões rápidas.
Mbappé, por sua vez, tem sido o jogador que melhor interpreta e beneficia das ações de Arda: o francês figura como receptor habitual das assistências do médio desde a pré-temporada. A sintonia entre ambos tem sido repetida em amistosos e nas primeiras jornadas oficiais, o que reforça a ideia de ligação natural entre criador e finalizador.
Arda Güler ganha protagonismo com Xabi Alonso
O início desta época confirma a transformação de Arda Güler sob a batuta de Xabi Alonso: um jogador com mais protagonismo e responsabilidades no coletivo. O técnico espanhol procura-lhe proximidade com a bola para que o turco participe na criação e dite o ritmo do jogo, semelhante ao que Modric fez durante anos no clube.
Essa função central exige controle, visão e capacidade de movimentação entre linhas — características que Arda tem mostrado com regularidade. A mudança tática e de confiança colocada pelo treinador permite-lhe experimentar soluções que antes não lhe eram tão frequentes.