Xabi Alonso escala time misto contra Getafe

O Real Madrid só conseguiu marcar aos 80 minutos, depois de muito sofrer com a forte marcação do Getafe. Antes disso, houve apenas os sete segundos do protesto em campo, que desta vez não interrompeu a transmissão da La Liga. A partida foi dura, cheia de disputas físicas e quase nenhuma criação ofensiva.

O Getafe defendeu bem: fechou os espaços, anulou as jogadas de ataque do rival e transformou o jogo numa batalha de resistência. Esse plano, apesar de pouco bonito, funciona para um elenco curto como o de Bordalás. O placar só mudou quando Güler achou Mbappé e a dupla enfim superou a defesa azul.

Xabi Alonso escalou um time misto para poupar jogadores e testar opções. Alaba, Camavinga e Rodrygo começaram, enquanto Asensio, Arda Güler e Vinícius ficaram no banco. A ideia era administrar o elenco, já que logo vêm partidas importantes contra Juventus e Barcelona.

No esquema 4-2-3-1, Bellingham atuou no centro, tentando recuperar ritmo depois de um tempo fora. Mesmo assim, o time ficou travado: o toque de bola estava lento, e a defesa do Getafe se mostrava sólida. Até os minutos finais, o Real teve dificuldade para impor seu estilo.

Bordalás armou o Getafe ainda mais defensivo: três zagueiros, laterais que fechavam por dentro, três volantes compactos e dois atacantes só para pressionar a saída de bola.

Getafe pressiona e segura Real Madrid no primeiro tempo

Desde o começo, o plano era dar a posse ao Real e lotar o campo de obstáculos. Linhas curtas e muita pressão tiravam os espaços do rival, e quase toda tentativa merengue parava num defensor azul. O Getafe controlava a situação até um lance duro mudar o cenário.

A primeira chance clara do Real apareceu quando Rodrygo lançou Mbappé nas costas da defesa. O francês saiu cara a cara com o goleiro, mas David Soria defendeu. Oportunidades assim foram raras, porque o Getafe costuma fechar bem as transições ofensivas.

Milla e os demais meio-campistas azuis foram essenciais para quebrar o ritmo madridista. O Real sentia falta de jogadas pelas pontas; só Mbappé, em ações individuais, levava algum perigo, mas logo surgia um zagueiro para interceptar.

Rodrygo quase não conseguiu progredir, sempre marcado por dois. Mastantuono se esforçou, porém ainda falta calma a ele na hora de finalizar. Perto do intervalo, o próprio Mastantuono entrou na área em velocidade, mas Djené cortou na hora certa.

Sem melhor opção, Alaba e Tchouaméni arriscaram de longe, sem sucesso. O Getafe respondeu com um chute forte de Sancris que passou perto. O primeiro tempo terminou sem gols e com a sensação de equilíbrio.

Real Madrid vence Getafe após expulsão provocada por Vinícius

Na volta do intervalo, o time da casa cresceu e chegou mais vezes perto de Courtois, inclusive num arremate de Adrián Liso. Para mudar o cenário, Xabi Alonso colocou Vinícius em campo, invertendo as pontas e obrigando Bordalás a mexer na marcação.

Arda Güler também entrou para dar criatividade, mas os laterais merengues, principalmente Carreras, pouco apoiavam e limitavam a progressão. Mesmo assim, Vinícius agitava o jogo pelo lado esquerdo e dava fôlego à equipe.

Foi então que aconteceu o lance decisivo. Nyom entrou para marcar Vinícius, mas, com apenas 44 segundos em campo, derrubou o brasileiro com um golpe forte. O árbitro mostrou o cartão vermelho direto e deixou o Getafe com um a menos. Mais tarde, Sancris também seria expulso, complicando ainda mais para os donos da casa. Com superioridade numérica, o Real aumentou a pressão.

Finalmente, a combinação entre Güler e Mbappé deu resultado: o turco encontrou o francês livre, e o gol saiu. O Real Madrid ficou com os três pontos, mas também ganhou preocupação: Alaba sentiu dores e deixou o jogo no intervalo. Agora o time pensa no desgaste físico antes do clássico que se aproxima.