Xabi Alonso mantém rotatividade intensa para fortalecer elenco
Xabi Alonso enfrenta um dilema que, dentro do contexto competitivo, é uma situação que a maioria dos treinadores gostaria de ter. “Jogará quem merecer”, declarou há algumas semanas, sublinhando de forma contundente sua abordagem baseada na meritocracia no Real Madrid.
Este posicionamento do técnico gerou certos atritos e desacordos, especialmente por causa das decisões em relação a jogadores que antes tinham papéis indiscutíveis. No entanto, Alonso prefere ver o lado positivo desta controvérsia, usando a situação para fomentar a competição interna.
A estratégia de Xabi foca em fortalecer a competição interna do Real Madrid, o que fica claro através de sua política conhecida como a ‘lei do 4’. Este termo se refere à média de mudanças que ele faz em cada escalação, ressaltando sua preferência por manter variedade e motivação no elenco.
Desde o início da temporada, Xabi não repetiu o mesmo time, realizando 31 mudanças na escalação ao longo dos primeiros oito jogos do ano. No confronto mais recente contra o Kairat, ele apresentou uma escalação inovadora com cinco mudanças em relação ao jogo anterior, mostrando sua disposição em experimentar.
Até agora, 21 dos 25 jogadores disponíveis foram titulares pelo menos uma vez, sublinhando sua política inclusiva e rotativa. Comparando com a gestão anterior de Ancelotti, que nesse ponto da temporada havia repetido a escalação em uma ocasião e efetuado 24 mudanças com 17 jogadores diferentes como titulares, fica claro que a abordagem de rotação de Xabi Alonso é mais agressiva.
Esta tática não só se foca no desempenho da equipe, mas também em dar oportunidades àqueles que estão surgindo com força, como Mastantuono e Güler. Ambos impactaram significativamente, especialmente ao desafiar a posição de Bellingham, que tem que se esforçar para garantir seu lugar na equipe devido ao crescimento de seus concorrentes.
Ceballos, Rodrygo e Brahim Díaz ganham destaque
Mastantuono e Güler não estão sozinhos nessa ascensão competitiva dentro do elenco. Outro nome destacado é Ceballos, que começou a fazer sentir sua presença em campo com atuações sólidas em partidas como as jogadas fora contra Real Sociedad, Levante e Kairat.
Em uma equipe que busca dominar o jogo através da posse de bola, Ceballos demonstra ser uma peça precisa para o esquema de controle de bola que Alonso deseja implementar.
No ataque, Rodrygo e Brahim também estão determinados a se destacar. Rodrygo, por exemplo, demonstrou sua capacidade frente ao Kairat com um desempenho que o coloca em uma boa posição para competir pela titularidade na ala esquerda com Vinicius Júnior.
Seu desempenho foi contundente, contribuindo tanto na criação de oportunidades quanto em finalizações, enquanto Brahim continua se destacando sempre que tem espaço para jogar, contribuindo com gols e assistências que só são superados pelos atacantes mais estabelecidos do time, como Mbappé.
Na linha defensiva, jogadores como Fran García, Asencio e Alaba também “levantaram a mão” para deixar claro que são opções viáveis para Xabi Alonso. García e Asencio fizeram parte de uma defesa sólida em jogos cruciais, demonstrando ser soluções efetivas em um time que teve que lidar com algumas lesões.
Competição intensa desafia talentos emergentes do Real Madrid
Alaba, por sua vez, busca se consolidar ainda mais diante da ausência prolongada de Rüdiger. Para Lunin, Endrick e Gonzalo, a competição se torna mais difícil, pois eles são obrigados a competir com figuras indiscutíveis como Courtois e Mbappé. Ainda assim, Gonzalo conseguiu certo protagonismo, destacando-se por suas atuações promissoras, respaldado por um mundial excepcional.