Real Madrid vence, mas Xabi Alonso fica na bronca com expulsão de Huijsen
A vitória do Real Madrid sobre a Real Sociedad por 2 a 1, em Anoeta, foi marcada pela forte contestação de Xabi Alonso à arbitragem. O treinador merengue não escondeu sua indignação com a expulsão de Dean Huijsen, punido com cartão vermelho direto após falta em Oyarzabal.
Para Alonso, a decisão do árbitro Gil Manzano foi equivocada e influenciou diretamente no desenrolar do jogo. “Para mim, foi um cartão amarelo. Mikel estava perto e a bola não estava sob controle. Assistindo ao replay, não mudei de ideia. Perguntei ao árbitro e não fiquei convencido”, afirmou em entrevista coletiva após o apito final.
Xabi destacou que, a partir da expulsão, sua equipe precisou se reinventar para segurar o resultado. “O contexto do jogo mudou, e jogamos com 10 homens por 60 minutos. Tivemos chances e marcamos o segundo, para nos dar uma vantagem. O time soube se sacrificar, foi generoso no esforço. Vencer em Anoeta é sempre muito difícil, e hoje, se possível, foi ainda mais difícil”, reforçou.
Alonso também relatou a conversa com o árbitro depois do jogo, mas admitiu não ter ficado satisfeito com a explicação recebida. “Ele me deu sua interpretação da expulsão. Não fiquei totalmente convencido. Também falei sobre Arda na semana passada. Com todo o respeito, vamos ver se suas explicações foram convincentes”, disse.
O treinador ressaltou que a decisão teve grande impacto emocional e tático. “Você tem que saber jogar com 10 homens. Em um momento do segundo tempo, estivemos muito fracos, mas nos recuperamos, e isso é uma notícia muito positiva”, avaliou, elogiando a postura de seus jogadores.
A diretoria do Real Madrid deve reforçar a posição do técnico ao apresentar um dossiê à Fifa com queixas sobre erros de arbitragem nas últimas rodadas da LaLiga e na temporada anterior. O objetivo é pressionar por maior rigor na análise dos lances e mais transparência no uso do VAR.
A Real Madrid TV também se alinhou ao discurso do comandante, classificando a expulsão como “uma vergonha para a competição”. Para o clube, o árbitro ignorou a presença de Éder Militão, que poderia fazer a cobertura, e o VAR falhou ao não sugerir revisão do lance.