Vágner Mancini abandonou um bom trabalho no América-MGpara assumir o Grêmio no final de 2021. O treinador tinha o desafio de livrar o Imortal da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro e conduzir o planejamento para a temporada 2022. Nenhum dos dois pontos foi realizado. O tricolor foi rebaixado. Mancini até começou como treinador neste ano, mas foi demitido pela diretoria após quatro jogos do Campeonato Gaúcho, com três vitórias e um empate.

Em entrevista concedida àRádio Bandeirantes, o treinador criticou de forma contundente a diretoria gremista. “Mas aí você começa a ser cobrado por bons jogos no estadual. Tudo isso a gente entende. Em quatro jogos, tem um empate e três vitórias e você é questionado, bom, é a cabeça do dirigente. Acho que a gente precisa olhar para o lado do dirigente e também da imprensa. Tem muita gente comentando aí que poderia ser substituído por portugueses, argentinos, uruguaios, assim como os dirigentes. Por que a gente não importa dirigente do exterior?”, questionou o treinador.

Na entrevista, Mancini destacou que teve 48% de aproveitamento com o Grêmio nos 14 jogos que comandou a equipe no Brasileiro de 2021. Segundo o técnicoessa porcentagem seria o suficiente para brigar por uma vaga na Libertadores, caso fosse o comandante desde o início do torneio.

“Assumi o Grêmio e tive um aproveitamento nesses 14 jogos de quase 48%, o que daria para gente, se eu tivesse no campeonato todo, o 6° lugar no campeonato. A diretoria entendeu que a manutenção para 2022 fazia parte do projeto da minha contratação. Iniciamos o ano e acertamos cinco semanas de pré-temporada, e é normal que a partir disso o atleta sinta dificuldade, já que já vem de um mês inativo. Para suportar a carga intensa é necessário”, explicou Mancini.

Pressão nas redes sociais

Vágner Mancini também criticou os dirigentes que baseiam um trabalho pelos comentários das redes sociais. “Infelizmente, os clubes hoje levam muito a sério. Quando você não tem o resultado, as pessoas vão ali nas redes sociais e depositam todo o seu ódio. Daí vem a pressão. Se eu fosse um presidente de clube, eu saberia muito bem até onde ir com as redes sociais”, finalizou.