Quase que outro português chegou ao Brasil para treinar um time local. Quem revelou isso foi Daniel Ramos, técnico de 51 anos que está desempregado. Em conversa com oUOL, o comandante disse que recebeu propostas para vir ao Brasil.

“Já tive abordagens do Brasil e, inclusive, estive perto de fechar, mas, por respeito aos clubes, prefiro não divulgar os seus nomes”, comentou o técnico, que teve uma passagem rápida pelo Al-Faisaly, da Arábia Saudita.

Daniel Ramos tem uma experiência consolidada no futebol português. Ao longo de mais de 20 anos de carreira, o treinador passou por equipes como Moreirense, Famalicão, Marítimo, Rio Ave, etc. Para o técnico, uma experiência no Brasil seria positiva para a carreira.

“Encaro a possibilidade de trabalhar no Brasil como um grande desafio num contexto de elevada exigência. As competições brasileiras têm vindo a demonstrar que existe enorme qualidade ao nível coletivo e individual. Além disso, a visibilidade, principalmente no Brasileirão, é bastante atrativa na procura de se fazer um bom trabalho”, disse.

Muitos portugueses no Brasil

A temporada 2023 do futebol brasileiro começará com sete treinadores portugueses nos principais clubes nacionais. São eles:Abel Ferreira (Palmeiras), Vítor Pereira (Flamengo), Luís Castro (Botafogo), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino), Renato Paiva (Bahia), António Oliveira (Cuiabá) e Ivo Vieira (Cuiabá).

“Existem bons treinadores brasileiros e portugueses. É uma questão de competência na procura de apresentar resultados. O Jorge Jesus e o Abel Ferreira, assim como outros portugueses, demonstraram essa competência e, com isso, abriram a possibilidade de outros nomes também o poderem fazer. Entendo isto da mesma forma que os treinadores brasileiros já fizeram no passado recente em Portugal”, ressaltou Ramos.

Na entrevista, Daniel Ramos aproveitou a oportunidade para se apresentar ao torcedor brasileiro.

“Sou um treinador experiente, com cerca de 700 jogos como principal. Normalmente, as minhas equipes são equilibradas na relação ofensiva e defensiva. Privilegio um estilo de jogo ofensivo na procura do gol, sem descurar o equilíbrio e a solidez defensiva. Nas últimas cinco temporadas em Portugal, participei de duas competições na Europa, obtive dois sétimos lugares e também uma manutenção segura. A frontalidade, o diálogo na procura de uma forte união do grupo e o conhecimento estratégico do jogo são outros pontos fortes no meu estilo de liderança”, finalizou.