O São Paulo começa a se recuperar depois de um início de temporada bem irregular. Tanto que Rogério Ceni chegou a ficar próximo de ser demitido pela campanha ruim no Campeonato Paulista. No entanto, com o passar dos jogos, o time apresentou uma melhora dentro de campo e a confiança voltou ao torcedor.

Só que há um “fantasma” que afeta a vida do São Paulo: as dívidas. O tricolor é um dos times mais endividados do futebol brasileiro. E nesta quarta-feira, o presidente Júlio Casares admitiu que 2021 fechou com um déficit de R$106,4 milhões. Em entrevista aoGE, o mandatário explicou que esse valor é em decorrência da rejeição de negociar jovens promessas, como Gabriel Sara e Rodrigo Nestor.

“Em dezembro, tínhamos propostas para dois atletas que somariam 17 milhões de euros. Esse déficit não apareceria. Apresentaríamos um superávit um pouco pequeno. Mas são dois atletas promissores, que vão ter valorização maior. Se vendo por esse valor, vou balizar as demais revelações para a próxima janela por um valor menor. Acreditamos na valorização do atleta. Estamos fazendo esse sacrifício para na próxima janela ter a necessidade da venda. Estamos deixando os atletas por duas, três temporadas cheias, para deixar um legado esportivo”, explicou o presidente.

Apesar do déficit a ser registrado, Casares explicou que o número deu uma melhorada. Em 2020 foi registrado um acréscimo de R$130 milhões na dívida tricolor.

“Vamos apresentar um déficit de R$ 106,4 milhões. O déficit anterior a esse batia em R$ 130 milhões. Há uma tendência de melhora. Nesse exercício, tivemos inúmeros compromissos que se refletem no balanço, rescisões de contratos, acordos judiciais, variações cambiais. Pagamos compromissos anteriores, dívidas de jogadores em curtíssimo prazo, processos que estavam na Fifa, em que oSão Paulopoderia perder o direito de registro e até um possível rebaixamento”, concluiu Casares.