O Cruzeiro está começando o planejamento para o clube-empresa. Primeiro time do país a se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a Raposa está em busca de patrocinadores para o próximo ano. Uma das vantagens do clube-empresa é que a instituição poderá vender ações, tal qual uma empresa.

O problema é que o Cruzeiro, quando definiu a mudança para SAF, só permitiu a venda de 49% das ações. Ou seja, nenhum investidor poderá ter o controle majoritário do novo Cruzeiro. A maior parte das ações, neste modelo, ainda permanececom o clube.

Desta forma, segundo especialistas, afasta os investidores. E um, em potencial, desistiu de comprar as ações por este motivo. O jornalista Jorge Nicola, em seu canal no YouTube, falou a respeito desta questão. Nicola contou que conversou com um representante da XP Investimentos, que está ajudando o Cruzeiro na captação de investidores, e ele disse que um empresário desistiu de investir no Cruzeiro.

“O Pedro [Mesquista, da XP Investimentos]me disse com todas as letras a seguinte frase: ‘Nicola, já tem um investidor, esse investidor não se sentiu confortável em comprar o Cruzeiro tendo só 49% das ações. Vai haver uma mudança você vai ver que vão convocar uma assembleia para sócios, para aprovarem a mudança nesse percentual dado para o investidor, ele vai poder ser um sócio majoritário’, dito e feito, está convocado essa reunião para o dia 17 de dezembro”, disse o jornalista.

Essa Assembleia será para votar a mudança no percentual de ações do clube que poderá ser vendido. A ideia é expandir para em torno de 90% e assim atrair os investidores a comprarem as ações do primeiro clube-empresa do Brasil.

Cruzeiro espera captar R$500 mi

Pedro Mesquita, da XP Investimentos, em outras entrevistas, disse que 15 empresas estariam interessadas em investir no Cruzeiro. A diretoria celeste trabalha com a possibilidade de captar até R$500 milhões com a venda das ações do clube-empresa. A maior parte deste dinheiro irá para cobrir os custos do futebol e uma parcela irá para o clube Cruzeiro, para pagamento da bilionária dívida.