A torcida do Vasco começou a semana em êxtase: a diretoria acertou a venda do clube para a empresa 777 Partners, que entre outros investimentos é dona do Genoa (Itália) e tem participações no Sevilla (Espanha). Outros detalhes precisam ser acertados, mas a tendência é que em breve o negócio seja concluído. Segundo o Vasco, a empresa vai pagar R$700 milhões em 70% das ações da SAF, reformar São Januário e abater as dívidas do clube, que gira em torno de R$700 milhões. Ao todo, o negócio deve envolver a cifra de R$1,7 bilhão.

Em entrevista ao jornalista Rodrigo Capelo, doSporTV, o sócio da 777 Partners, Josh Wander, falou sobre os motivos de comprar o Vasco.

“Para começar, quero dizer como estamos incrivelmente empolgados de fazer parte doVascoda Gama e sua rica história. Sou um fã de esportes desde que nasci e mais recentemente me tornei um grande fã de “soccer”, ou football, como é chamado em algumas partes do mundo. O entusiasmo dos torcedores brasileiros, a história do futebol no Brasil me empolga pessoalmente como fã. A possibilidade de ver o futebol ser jogado onde ele foi feito para ser jogado”, destacou o empresário.

Wander também ressaltou que o Vasco está localizado em uma área que tem muitos consumidores. E que isso é um atrativo.

“OVascoestá na segunda maior cidade do Brasil, no quinto maior país do mundo. Há uma população enorme, que podemos comercializar. Nossa visão é que, antes de tudo, queremos comprar clubes que achamos que tenham cenários econômicos que fazem sentido. Que possam ser bem-sucedidos comercialmente, dentro do possível”, explicou.

Superpotência global

O ponto alto da entrevista foi quando Josh Wander falou sobre o que enxerga para o futuro do Vasco após a compra por parte da 777 Partners.

“Nosso objetivo é tornar oVascoa superpotência global que acreditamos que ele pode ser, por causa da sua história, da sua tradição e dos talentos que existem no Brasil. À medida que o Brasil evoluir como país, que o Rio evoluir como cidade, que as pessoas em torno desses clubes e no país prosperarem, nós acreditamos que o Campeonato Brasileiro terá a capacidade nos próximos anos de ser um dos principais campeonatos do mundo. Quando isso acontecer, nossa esperança é que nós possamos contratar jogadores de outros países pelo mundo, não vice-versa”, destacou o empresário.