Opinião

O futebol ainda respira. E muito. A paixão que move vidas e é por isso que tanto nos identificamos com esse tal de esporte. Mas afinal, até onde vai essa paixão? Vale matar e morrer?

Brigas dentro e fora dos estádios. Pessoas feridas. Mortes. Até quando? Mais um episódio de violência no futebol brasileiro aconteceu na madrugada desta quinta-feira (22). O ônibus da delegação do Fortaleza foi atacado por torcedores organizados do Sport quando deixava a Arena Pernambuco, após o jogo entre as equipes pela quarta rodada da Copa do Nordeste. O resultado? Seis jogadores feridos.

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Bombas. Pedras arremessadas. Brutalidade. Jogadores foram encaminhados para o hospital e tiveram muitos ferimentos. E a pergunta que não quer calar: até quando? O futebol nunca teve espaço para a violência, mas agora passou de todos os limites.

O assunto tem que ser levado a sério. As entidades competentes não podem ser omissas e esperarem algo demais grave acontecer para tomar alguma posição. É um assunto que não pode jogar para debaixo do tapete.

Fim de jogo para violência

A se explicar por mais detalhes, Escobar, um dos jogadores do Fortaleza, teve um trauma cranioencefálico. Quando se joga pedras, bombas e outros objetos dentro do ônibus onde diversas pessoas, o assunto não deve ficar no esquecimento.

Escobar, jogador do Fortaleza. Foto: Mateus Lotif/FEC

A onda de violência no futebol tem que ter um ponto final. Segundo o balanço do jornalista especializado no assunto, Rodrigo Vessoni, de 1988 para cá já são pelo menos 384 mortes – até o levantamento feito em julho de 2023. Apenas 11 dentro dos estádios e a maioria das vítimas, homens. E a impunidade impressiona, revolta, indigna. Destes números, 263 ficaram impunes. Vale lembrar que, ano passado, Gabriela Aneli, de 23 anos, torcedora do Palmeiras, foi morta por uma garrafada atirada por um torcedor adversário. Ela não verá mais nenhuma partida. Até quando vamos presenciar cenas como estas? E a punição?

João Ricardo, do Fortaleza. Foto: Mateus Lotif/FEC

O CEO do Fortaleza quer que o time jogue apenas depois da punição. O Sport pode ser punido. Torcida única? É o que o presidente da SPF pediu à CBF. Mas e os verdadeiros responsáveis? A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, prometeu puni-los e afirmou: “São criminosos”. A punição severa tem que existir para que episódios como esses não se repitam.

Criminosos e não torcedores. Essa é a definição de quem pratica violência. O futebol ainda respira e precisa ser levado como um esporte que junta famílias e amigos apenas por um motivo: diversão. Cartão amarelo para as autoridades que precisam punir. Mais do que vermelho para a violência no futebol e fim de jogo para os responsáveis.

O que os fanáticos estão dizendo?