Durante sua participação no programa “CNN Esportes S/A” no último domingo (10), na CNN Brasil, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, revelou se o clube está interessado, em adotar o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

No momento não existe o interesse do clube em aderir ao modelo. Uma das principais razões mencionadas pelo presidente do Fluminense é o desejo do clube de manter o controle total sobre o departamento de futebol, sem a interferência de terceiros. Nos modelos de SAF existentes no país, o investidor é majoritário e detém o controle sobre o setor de futebol, o que pode limitar a autonomia e a capacidade de tomada de decisões do próprio clube.

“Estudamos isso há um ano e meio. Um modelo de SAF não agrada ao Fluminense hoje. Não seremos minoritários, queremos novos investimentos no clube a partir de 2024. Mas temos que ter o controle do clube e do futebol. A gente conversa com o banco BTG, teríamos o maior prazer em poder vê-lo como um investidor (dono do banco). Mas não temos conversas sobre isso”, declarou Mário Bittencourt em conversa com João Vitor Xavier.

A independência é valorizada pelo Fluminense, que busca manter sua tradição e identidade como clube brasileiro. A decisão de não aderir à SAF reforça o compromisso do clube em manter o futebol sob sua administração direta.

Dívida do clube

Atualmente, o Fluminense enfrenta o desafio de uma dívida estimada em R$ 700 milhões. Para lidar com essa situação financeira, o clube depende principalmente das vendas de atletas. Em média, o Tricolor vende cerca de R$ 100 milhões em jovens talentos formados em seu centro de treinamento em Xerém, no Rio de Janeiro.

Enquanto alguns clubes buscam parcerias com investidores, o Fluminense optou por trilhar seu próprio caminho, mantendo o controle sobre seu futuro no futebol brasileiro.