Na semana em que o futebol brasileiro foi sacudido com a Operação Penalidade Máxima II, que investiga uma quadrilha de apostadores esportivos que combinam apostas com jogadores, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno, dono do Cruzeiro, se pronunciou sobre o tema.

Pelo Twitter, Ronaldo falou a respeito da operação. Na visão do empresário, é necessário que os jogadores que participam do esquema devem ser punidos.

É um alívio ver uma operação séria como essa se desdobrar na rápida ação dos clubes em apoio às autoridades competentes para afastar quem deve ser afastado, investigar o que deve ser investigado e punir quem deve ser punido, em prol do verdadeiro futebol, maior que tudo isso. O jogo limpo, ético, sem manipulação e com total respeito ao que temos de mais valioso: a torcida“, escreveu o Fenômeno.

Ronaldo também defendeu as casas de apostas e disse que elas também são vítimas dessas fraudes.

“O negócio de apostas é uma atividade legalizada cuja indústria, tal qual o esporte, é vítima – e não culpada – pelos crimes de terceiros que integram esses esquemas. As casas de apostas sofrem, inclusive, grandes prejuízos com as manipulações“, continuou Ronaldo.

Veja o posicionamento de Ronaldo na íntegra

“Eu não poderia deixar de me posicionar após as últimas notícias lamentáveis sobre o envolvimento de atletas em esquemas de manipulação de lances e resultados.

Como ex-jogador, acionista de dois clubes e entusiasta do futebol, é claro que me entristece muito ver a história do esporte ser manchada dessa forma; as atividades fraudulentas de alguns descredibilizando os muitos outros sem qualquer envolvimento; a falta de ética, princípios, integridade e, sobretudo, de respeito ao torcedor por parte dos envolvidos sujando a imagem do futebol como um todo.

Esporte esse que mudou a minha vida (e muda a de tanta gente); que é o sonho da garotada que idolatra quem tá “lá no alto”; que tem tanto jogador honrando o lugar que chegou, o espaço que ocupa e o seu poder de influência.

Por outro lado, é um alívio ver uma operação séria como essa se desdobrar na rápida ação dos clubes em apoio às autoridades competentes para afastar quem deve ser afastado, investigar o que deve ser investigado e punir quem deve ser punido, em prol do verdadeiro futebol, maior que tudo isso. O jogo limpo, ético, sem manipulação e com total respeito ao que temos de mais valioso: a torcida.

Como empresário, não posso também deixar de frisar que o negócio de apostas é uma atividade legalizada cuja indústria, tal qual o esporte, é vítima – e não culpada – pelos crimes de terceiros que integram esses esquemas. As casas de apostas sofrem, inclusive, grandes prejuízos com as manipulações.

O cenário atual, portanto, apesar de bastante infeliz, é uma oportunidade de amadurecimento para toda a cadeia produtiva do nosso futebol e traz importantes reflexões sobre o mercado de apostas esportivas no país.

Escancara-se hoje a necessidade de regulamentação do setor que, além de alavancar mercado bilionário, dificultaria muito a ação de fraudadores – protegendo as casas de apostas, o consumidor (que é o apostador comum) e a dignidade do esporte, violentada pelos esquemas de manipulação.