Não passarão!

O governo espanhol prometeu punições pesadas para os torcedores do Atlético de Madri por conta do comportamento hostil e a confusão causada durante o grande clássico da capital da Espanha contra o Real Madrid.

A partida aconteceu no último domingo (29), válida pela 8ª rodada da La Liga, no Estádio Cívitas Metropolitano, e terminou em um empate por 1 a 1, com gols de Ángel Correa e Éder Militão, além da expulsão de Marco Llorente e muita confusão.

O presidente do Conselho Superior do Esporte da Espanha (o equivalente ao Ministério do Esporte do Brasil), José Manuel Rodríguez Uribes, prometeu que os torcedores responsáveis pela enorme paralisação serão punidos.

Governo espanhol está de olho

“Há que se erradicar essas minorias pela via da educação e pela via das sanções. Foram graves. Temos que ser claros e contundentes na condenação, e também fazer pedagogia. O esporte é paixão e competição, não se pode confundir com violência”, comentou Uribes, durante um evento promovido pelo jornal espanhol Marca.

O CSD conta com a Comissão Estatal contra Violência, Racismo e Xenofobia, um órgão estatal que determina punições para os clubes, jogadores e torcedores por acontecimentos como esse. A comissão se reunião na manhã desta segunda-feira e já começou a analisar as imagens do jogo.

“Me parece que teremos que fazer um trabalho coordenado. Temos que combater o racismo e qualquer ato de violência. A rivalidade tem que estar dentro dos parâmetros do respeito”, completou. A La Liga, por sua vez, compartilhou uma nota com vários cânticos de violência verbal proferidos no estádio. O Atlético chegou a expulsar um sócio do clube expulsar, identificado como um dos que arremessou objetos no gramado, alertando que também vão proibir máscaras ou peças que impeçam a identificação.

Adversário fala sobre Vini!

José Maria Giménez conversou com a reportagem da ESPN Brasil e aproveitou para responder o que pensa de Vinícius Júnior, um dos grandes alvos das arquibancadas no Cívitas. O zagueiro afirmou que não vê o brasileiro como um jogador maldoso em suas atitudes.

“Não é um problema. São situações que, no final, não compartilhamos com essas atitudes, mas não considero maldosas. (Vinícius Jr) Não é um garoto ruim, não quer a maldade. Ele é assim, se sente bem dessa forma. Mas, obviamente, em um determinado momento, quando ele começou a fazer aqueles gestos, pedimos para que parasse para não esquentar o lado de fora. É um garoto que escuta, humilde”, comentou Giménez.