Em 15º, Manchester United busca respiro de grande crise interna
Na quinta-feira (16), o Manchester United tenta deixar uma posição mais do que incômoda na tabela da Premier League. Para aplacar a vergonha que o clube tem submetido à sua torcida, o lendário time inglês enfrenta o Southampton e precisa vencer para não ampliar ainda mais sua crise.
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Viagens ao passado e insanidades do futuro
Uma viagem breve no tempo, para 2013, testaria a sanidade de qualquer torcedor do Manchester United. Naquele momento, Sir Alex Ferguson deixava o clube num status completamente diferente do que quando assumiu. Se você contasse a algum Red Devil que, 12 anos depois, o time estaria em 15º lugar na tabela, provavelmente ouviria uma gargalhada.
A questão é que, sem Ferguson, o United se viu sem a grande referência em contratações e motivação do elenco. Não à toa, estrelas saíram de cena e os que vieram ao lugar brilharam bem menos do que o clube merece. Por outro lado, não há como viver tanto tempo com sucesso sem uma fase de decadência. E se Ferguson entregou o time com 13 títulos da Premier League e dois da Liga dos Campeões, isso realmente não é pouco se considerarmos que ele ficou de 1986 a 2013 no cargo.
Tudo que a torcida quer é uma referência. Os títulos eventualmente aparecem (não vamos nos esquecer da Copa da Inglaterra em 2024 e da Liga Europa em 2017), mas o cenário da Inglaterra não tem há tempos o United como sério candidato ao título. Liverpool e Manchester City, e agora o Arsenal, passaram e abriram distância.
Rúben Amorim: a bola da vez
Após a saída de Erik ten Hag no que foi uma grande decepção para a torcida, muitos esperavam bons ventos no United. Mas não é o que tem acontecido. Amorim vem de uma série de três derrotas, um empate e apenas uma vitória nos últimos cinco confrontos pela Premier League.
Na Copa da Inglaterra, a classificação para os pênaltis contra o Arsenal não enche a barriga, já que a equipe não vence desde a metade de dezembro, quando superou o Manchester City no dérbi, por 2 a 1. Acontece que, para a sorte de Amorim, o rival desta quinta é o lanterna Southampton, que venceu apenas um de seus 20 jogos e soma incríveis 16 derrotas.
Praticamente rebaixado já nessa altura da competição, os Saints não devem oferecer grande resistência. Afinal, estamos falando de um recém-promovido que não montou um elenco suficiente para se manter na elite com qualidade. Os números não mentem: foram 12 gols marcados e 44 sofridos, para uma média de 2,2 a cada partida.
Se há uma chance de pelo menos respirar no meio do caos para o United, essa chance é agora. Três pontos fariam o time de Amorim subir para o 12º lugar, passando equipes como West Ham e Tottenham (13º). O resultado parece óbvio, mas quem irá duvidar de mais uma zebra para a tortuosa história recente das viúvas de Ferguson?
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