River Plate se protegeu ao incluir uma cláusula inédita
O River Plate decidiu agir de forma preventiva ao renovar o contrato de Franco Mastantuono em março de 2024. O clube argentino fixou uma cláusula de €45 milhões (R$ 282 milhões) válida exclusivamente para clubes espanhóis.
Segundo o jornal Marca, a medida visava proteger o time diante do interesse de gigantes como o Real Madrid, que comprou o meia-atacante em junho de 2025. Aliás, evitar que pudessem pagar a multa de forma direta e levar o atleta sem negociação.
Inclusive, a equipe determinou que, caso um clube espanhol ativasse a cláusula, os impostos gerados pela operação seriam pagos pelo comprador, e não pelo River. Essa condição elevou o custo total do negócio e ficou conhecida como a “cláusula anti-Mastantuono”.
A medida acabou se tornando insuficiente com o tempo
Ainda conforme o Marca, dentro do próprio River Plate há quem reconheça que o valor acabou ficando abaixo do que o jogador atingiu após o destaque e a transferência. A expressão usada internamente foi direta: “ficamos curtos”.
Mesmo assim, os argentinos defendem a decisão de ter criado o mecanismo, já que a cláusula permitiu controlar o processo de venda e evitar uma saída prematura. Mas, o crescimento acelerado de Mastantuono fez a quantia parecer modesto em retrospecto.
O caso, de acordo com o jornal espanhol, serviu de lição para as próximas negociações do River Plate, que agora pretende revisar a forma como estabelece cláusulas para suas principais promessas.
A “cláusula anti-Mastantuono” pode inspirar outros clubes
Desta forma, o episódio abre precedente para que outros clubes da América do Sul adotem cláusulas semelhantes. Entretanto, com valores diferenciados e condições específicas para certos mercados.
A ideia é impedir que a disparidade econômica continue facilitando saídas por valores abaixo do potencial dos jogadores. O River Plate inaugurou um novo modelo de blindagem contratual, que une criatividade jurídica e estratégia de mercado.
