A Escócia volta à Copa do Mundo depois de 28 anos. A equipe conseguiu vaga direta nas Eliminatórias Europeias e caiu no Grupo C, junto de Brasil, Marrocos e Haiti. A façanha anima os torcedores, mas traz grandes desafios nos estádios da América do Norte.
Campanha nas Eliminatórias
No Grupo C da UEFA, os escoceses somaram 21 pontos em 10 jogos, superando Dinamarca, Grécia e Bielorrússia. A vaga foi garantida em 18 de novembro de 2025, com vitória por 4 × 2 sobre a Dinamarca em Glasgow.
Os gols foram marcados por uma bicicleta de Scott McTominay, um chute de longe de Kieran Tierney e um arremate do meio-campo de Kenny McLean nos acréscimos. Assim, a seleção voltou à Copa e deixou para trás anos de fracassos na Nations League e na Euro 2024.
O sorteio de 5 de dezembro, em Washington, fez da Escócia o terceiro rival do Brasil na fase de grupos. Marrocos (semifinalista em 2022) e Haiti completam a chave. Para os escoceses, avançar às oitavas seria inédito; para o Brasil, é obrigação.
Calendário do Grupo C da Copa do Mundo
• 13/06 – Brasil × Haiti
• 17/06 – Marrocos × Escócia
• 24/06 – Brasil × Escócia
• 27/06 – Escócia × Haiti
(Datas e sedes ainda podem mudar, segundo a FIFA.)

Escócia no caminho do Brasil para a Copa 2026: pontos fortes e fracos do 3º adversário canarinho.(Foto: Kevin Dietsch/Getty Images)
Evolução com Steve Clarke
Quando assumiu em 2019, Clarke encontrou um elenco instável. Seis anos depois, formou um time competitivo, misturando veteranos da Premier League e jovens com muita vontade. O esquema começa em 4-2-3-1 e, sem a bola, vira 5-4-1, com linhas compactas, força pelo alto e transição veloz.
Números da campanha
• 10 jogos: 7 vitórias, 0 empates, 3 derrotas
• 22 gols marcados (média 2,2)
• 11 gols sofridos (média 1,1)
• 40 % dos gols em bola parada

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Pontos fortes
• Intensidade física: pressão alta e rápida recomposição.
• Laterais de elite: Robertson (Liverpool) e Tierney (Arsenal) cruzam bem e chutam de média distância.
• Meio-campo dinâmico: McTominay, McGinn e Christie unem força e chegada à área.
• Bola parada: quase metade dos gols vem de escanteios e faltas laterais.
• Espírito de equipe: a virada sobre a Dinamarca mostrou cabeça fria sob pressão.
Pontos fracos
• Elenco curto: lesões, especialmente de Tierney, expõem reservas fracos.
• Defesa nas transições: quando laterais sobem juntos, deixam espaço atrás.
• Falta de um armador clássico: a criação depende muito de McGinn.
• Goleiro mediano: Angus Gunn é seguro, mas não milagroso contra ataques poderosos.
Jogadores para ficar de olho contra o Brasil
• Andy Robertson (LE, Liverpool): líder, cobra bolas paradas; vai encarar Raphinha.
• Scott McTominay (volante, Manchester United): marcou 5 gols nas Eliminatórias.
• John McGinn (meia, Aston Villa): combativo, dá ritmo ao time.
• Kieran Tierney (lateral/ala, Arsenal): acelera pela esquerda, finaliza bem.
• Lawrence Shankland (centroavante, Hearts): forte no jogo aéreo.
Como deve enfrentar o Brasil na Copa do Mundo
Carlo Ancelotti tem um time ofensivo, com posse acima de 60 % e marcação alta. A Escócia deve recuar, fechar o meio e buscar contra-ataques nas costas dos laterais. Escanteios e faltas serão armas importantes. Em Copas, os dois países já se enfrentaram três vezes, todas vencidas pelo Brasil, a última em 1998 (2 × 1).
Projeção no grupo da Copa do Mundo
O Brasil é favorito, com Marrocos logo atrás. A Escócia precisa de pelo menos quatro pontos para sonhar com as oitavas: vencer o Haiti e arrancar um empate de Marrocos. Contra a Seleção Brasileira, perder por pouco é aceitável; empatar seria incrível; ganhar, histórico.




