Irlanda expõe falhas e surpreende Portugal
A seleção de Portugal perdeu para a Irlanda por 2 a 0 no dia 13 de novembro de 2025, em Dublin, pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo de 2026. O resultado surpreendeu muita gente e adiou a classificação direta dos portugueses.
A Irlanda aproveitou bem duas falhas do adversário ainda no primeiro tempo e marcou com Troy Parrott aos 17 e aos 46 minutos. O primeiro gol surgiu depois de um erro de saída de bola do goleiro Diogo Costa; o segundo veio em contra-ataque veloz, quando a defesa lusa estava toda avançada.
Expulsão de Ronaldo complica destino português
O lance mais tenso ocorreu aos 61 minutos. Cristiano Ronaldo, irritado, acertou uma cotovelada em James O’Shea e recebeu cartão vermelho depois da revisão no VAR. Portugal ficou com dez jogadores e viu suas chances de reação diminuírem ainda mais.
Além de prejudicar o time naquele momento, a expulsão afasta o capitão da partida decisiva contra a Armênia na última rodada do grupo, partida que agora vale a vaga direta no Mundial.
Dentro de campo, o ataque de Portugal pouco produziu. João Félix e Bernardo Silva ficaram sumidos, trocando passes curtos sem objetividade. A bola girava devagar de um lado para o outro, facilitando o trabalho irlandês.
Quando os portugueses perdiam a posse, a Irlanda lançava rapidamente Parrott nas costas da zaga alta; foi assim que saiu o segundo gol, nos acréscimos do primeiro tempo. Esses contra-ataques mostraram como faltou equilíbrio entre atacar e se proteger.
Nas redes sociais, torcedores lusos não esconderam a irritação. Muitos culparam Roberto Martínez por não alterar o esquema quando o jogo pedia uma solução diferente. Memes sobre a expulsão de Ronaldo e críticas à apatia do time se espalharam.
Do lado irlandês, a celebração foi total: Parrott virou herói nacional por uma noite e os fãs falaram em “milagre” e “noite mágica”. O resultado reacendeu o sonho de repescagem, já que a Irlanda agora soma quatro pontos e ainda tem chances matemáticas.
O jogo expôs um problema antigo de Portugal: depender demais de talentos individuais e de lances isolados. Sem movimentação e intensidade no meio-campo, a equipe tem dificuldade para quebrar defesas fechadas.
A Irlanda, por sua vez, mostrou que organização e disciplina podem superar um elenco considerado mais forte. Com poucas finalizações, mas grande eficiência, os irlandeses confirmaram a velha máxima de “quem não faz, leva”.
Portugal busca equilíbrio antes da decisão
Para os portugueses, o recado ficou claro. Será preciso misturar posse de bola com velocidade, pressionar sem descuidar das costas da defesa e, acima de tudo, manter a cabeça fria nos momentos de tensão.
A ausência de Cristiano Ronaldo contra a Armênia obriga o grupo a encontrar outras soluções ofensivas. Se vencer, Portugal garante a vaga direta; se tropeçar, corre o risco de disputar a repescagem, cenário que ninguém imaginava antes da bola rolar em Dublin.
Já a Irlanda encara a rodada final com moral. Mesmo precisando de combinação de resultados, o time chega vivo e confiante depois de bater o líder do grupo. A vitória foi conquistada com luta, atenção tática e aproveitamento máximo das chances criadas.
Para os visitantes, fica a lição: concentração do primeiro ao último minuto, rapidez na circulação e, principalmente, humildade para reconhecer os erros e corrigi-los. A partida no Aviva Stadium, portanto, não foi apenas um tropeço inesperado; foi um aviso sobre como detalhes fazem toda a diferença em um caminho rumo à Copa do Mundo.




