O camisa 10 e capitão da Argentina, Messi entrou em contato com a rádio “Urbana play”, para agradecer um poema narrado durante nove minutos na programação da emissora em sua homenagem. O craque disse que chorou com as palavras do escritor Hernán Casciari.
O poema “A Mala de Messi” fala sobre o sonho vivido pelo argentino ao sair da Argentina ainda criança para fazer carreira na Europa. O escritor diz que Messi não mudou seus hábitos de argentino e continuou tomando mate e tendo uma vida simples e de pouca exposição.
Segundo o escritor, Messi calou a boca de muitos críticos que diziam que ele não era argentino e voltou para casa com a taçada copa em sua mala.
– Messi voltou à seleção para que esses garotos que lhe mandavam cartas não acreditassem que desistir era uma opção de vida. Ao voltar, ganhou tudo o que faltava e calou a boca dos seus detratores. Nos alegra confirmar que ele segue sendo o mesmo que quando nos ajudou a ser felizes quando estávamos longe. Por isso a humanidade inteira desejava o triunfo de Lionel com tanta força. Nunca ninguém havia visto, no topo do mundo, um homem simples. Como em todos os anos, Messi voltou para passar o Natal com sua família em Rosário, para cumprimentar seus vizinhos. Seus costumes não mudam. O único que muda é o que ele nos trouxe em sua mala – disse o escritor, em trecho do texto.
Messi decidiu ligar para a rádio e dizer que as palavras teriam chegado até ele.
– Queria dizer que levantei com Anto (Antonela, esposa de Messi), estávamos tomando mate, e o que Hernán (escritor) fez foi impressionante. Começamos a chorar nós dois porque é algo muito certo o que ele conta. Queria agradecê-los e dizer que escutamos e nos emocionamos. Queria que soubessem. Mando um abraço grande a todos, e obrigado mais uma vez. – disse Messi, em contato com a rádio.
Após a ligação de Messi, o jornalista Andy Kusnetzoff, se emocionou. O escritor do texto descreveu como foi ouvir o elogio de Messi. Casciari disse ainda que publicará o texto na íntegra em fevereiro, na revista argentina “Orsaí”.
– Foi tremendo. Se quando eu era criança me pediam para escolher ganhar o prêmio Nobel ou Cervantes, ou emocionar Messi com um conto, escolho o que aconteceu hoje – disse o escritor.