Mikel Arteta terá que ser estratégico para vencer o time de Ancelotti
O Real Madrid não chega para as quartas de final da Champions para enfrentar o Arsenal no seu melhor momento. A derrota para o Valencia por 2 a 1 no fim de semana reforça o que a equipe tem mostrado nos últimos jogos: certa instabilidade defensiva.
Foram 14 gols sofridos nos últimos oito jogos. Mesmo assim, subestimar esse time é um erro. O Real pode até não estar jogando bem, mas quando o assunto é Champions League, eles sabem exatamente o que fazer.
Por isso, o Arsenal precisa fazer o dever de casa no Emirates Stadium. Vencer é obrigatório. Mas não basta ganhar por um gol, é essencial construir uma vantagem de pelo menos dois. Só assim o time de Mikel Arteta poderá ir ao Santiago Bernabéu com alguma tranquilidade.

Arteta, técnico do Arsenal (Photo by Ryan Pierse/Getty Images)
Uma notícia boa para os Gunners é o retorno de Bukayo Saka. Com ele em campo, o time ganha criatividade e profundidade. Além disso, o Real Madrid vem mostrando fragilidade na marcação, foram poucos os jogos recentes em que passaram sem sofrer gols.
Arsenal vai para o confronto desfalcado
O problema é que o Arsenal tem suas próprias limitações. A ausência de Gabriel Magalhães é enorme, especialmente contra um adversário tão letal em transições rápidas e jogadas aéreas. Se fosse para escolher entre Saka e Gabriel nesses confrontos, Gabriel faria mais falta no contexto do jogo.

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A defesa dos Gunners vai precisar se reinventar. Saliba é o pilar, mas suas possíveis companhias, Kiwior ou Ben White, não inspiram tanta confiança pelo pouco ritmo de jogo. A improvisação de Jurrien Timber pode ser uma alternativa, mas ainda é um risco grande em um jogo dessa magnitude.
”É matar ou morrer”
Diante disso, a única forma de realmente equilibrar o duelo é tornar o jogo de ida o mais favorável possível. Se o Arsenal abrir dois gols de vantagem, o cenário muda. O Real Madrid é copeiro, mas também é humano, e pressão, fora de casa, pode funcionar.
O Arsenal tem qualidade, organização e fome de fazer história. Mas para superar o gigante europeu, vai precisar combinar tudo isso com inteligência e contundência já nesta terça-feira.