Atlético de Madrid e as dificuldades em bolas paradas
Apesar de algumas luzes de esperança no confronto contra o Espanyol, que mesmo com a derrota apresentou momentos positivos, o duelo entre Atlético de Madrid e Elche trouxe preocupações ainda maiores.
Diego Simeone declarou que viu aspectos positivos e melhoria na equipe, mas a apresentação deixou a desejar em vários pontos. Um deles, que continua a ser um problema frequente, é o desempenho em bolas paradas. No sábado, os rojiblancos tiveram 10 oportunidades de cobrança de escanteio e não conseguiram realizar sequer uma finalização efetiva.
No jogo contra o Elche, o Atlético sentiu a ausência de Baena, o jogador que chegou para ser o especialista nas bolas paradas. Com sua falta, diferentes atletas se revezaram na tarefa de cobrar os escanteios. Thiago Almada, que vinha se destacando em outros aspectos do jogo, encontrou dificuldades nas cobranças de escanteio, com alguns lançamentos passando longe da área de risco.
Já Julián enfrentou o problema oposto, com bolas que não alcançavam a área adequadamente. Para adicionar ao infortúnio, uma dessas cobranças resultou no contra-ataque que levou ao gol do Elche. Na segunda metade, Raspadori também tentou lançar bolas ao coração da área, mas sem sucesso.
Atlético desperdiça potencial de jogadores altos
O Atlético de Madrid investiu em estatura ao longo da última janela de transferências com as contratações de jogadores altos como Hancko, Cardoso, Ruggeri e Pubill. Além disso, figuras adquiridas anteriormente como Sorloth e Le Normand, ambos com alturas avantajadas, deveriam representar uma vantagem nas jogadas aéreas.

A equipe busca retomar a eficácia nas jogadas aéreas, um ponto-chave para melhorar o desempenho na temporada 2025. (Photo by Denis Doyle/Getty Images)
No entanto, essa sequência de cobranças de escanteio contra o Elche revelou uma ineficácia surpreendente. Ver Cardoso, por exemplo, posicionado fora da área em diversas dessas cobranças, em vez de buscar cabecear, subverteu as expectativas, uma vez que sua habilidade no jogo aéreo já ficou evidente desde seus tempos no Betis.
Ineficiência histórica nas bolas paradas preocupa Simeone
As oportunidades perdidas contra o Elche expõem uma fraqueza em capitalizar nas bolas paradas. No passado, os rojiblancos demonstraram a importância dessas jogadas, sofrendo com um gol de falta defendido de forma insuficiente contra o Espanyol. No decorrer das últimas temporadas, a equipe tem enfrentado dificuldade em tirar proveito dessas situações.

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Embora escanteios indiretos tenham funcionado ocasionalmente, como nos jogos contra Osasuna e Barcelona na Copa, a eficiência está aquém daquela vista em épocas passadas. O técnico Simeone frequentemente rememora os dias gloriosos de 2014, quando jogadores como Godín e Raúl García elevavam as bolas paradas a uma arte crucial.