Suspeitas sobre ausências estratégicas do Real Madrid
Em Barcelona, muita gente estranha o fato de tantos jogadores do Real Madrid serem liberados de suas seleções sempre que chega a Data FIFA. Os comunicados oficiais falam de dores leves, exames de rotina ou repouso rápido, problemas que somem depois de uma ou duas semanas.
Para os torcedores do Barcelona, isso não parece acaso: soa como um plano bem pensado para poupar os titulares antes da volta do Campeonato Espanhol. O caso mais recente envolve o zagueiro Dean Huijsen. Ele saiu da lista da seleção espanhola um dia antes do jogo contra a Geórgia depois de sentir um incômodo no treino.
Na mesma hora, a Federação chamou o jovem Cubarsí, que chegou pronto para jogar sem restrições. Já em Madri, o discurso é outro: dizem que Huijsen fará mais exames, que pode ter lesão muscular, mas que deve estar em campo normalmente contra o Elche no domingo seguinte.
Algo parecido aconteceu com o goleiro Courtois e o meio-campista Valverde. Ambos sentiram dores na partida contra o Rayo Vallecano. O departamento médico do Real falou em dez a doze dias de recuperação, prazo que curiosamente cobre só o período das seleções.
Timing perfeito que intriga o rival Barcelona
Relatórios vindos da França também chamam atenção. Mbappé voltou para o clube por causa de um tornozelo levemente inchado; Camavinga, por uma pequena contratura na coxa. Mesmo assim, ninguém duvida de que jogarão a rodada do dia 23 de novembro.
Na América do Sul a história se repete. Franco Mastantuono ficou em Madri, alegando dor no púbis, situação parecida com a de Lamine Yamal, jovem promessa do Barça. A diferença é que o culé foi alvo de manchetes e críticas sobre compromisso com a seleção, enquanto o jogador merengue recebeu apoio discreto e seguiu atuando quase sem parar.
Jornalistas veteranos lembram que não é novidade. Na convocação passada, Valverde já tinha sido liberado pela seleção do Uruguai, e Vinícius, Militão e Rodrygo tiveram minutos controlados pela equipe brasileira de Carlo Ancelotti. Cada federação, é claro, quer proteger seus atletas.

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Conclusões de um padrão já antigo
Ninguém em Barcelona questiona esse direito, mas a repetição de datas e diagnósticos faz parecer que existe um manual não escrito, seguido à risca pelo Real Madrid. Quando chega o calendário internacional, o clube parece saber exatamente quem “mandar” para o departamento médico e como trazê-los de volta prontos para a liga.




