Lewandowski exige ruptura após fracassos decisivos
O livro “Lewandowski. Prawdziwy”, do jornalista polonês Sebastian Staszewski, mexeu com o noticiário esportivo europeu nesta semana ao revelar bastidores antes mantidos em segredo. Entre as descobertas mais barulhentas está a informação de que Robert Lewandowski foi peça-chave para acelerar a saída de Xavi Hernández do comando do Barcelona em maio de 2024.
Segundo o autor, que acompanhou de perto o centroavante e seu grupo de confiança por dois anos, o craque decidiu em março de 2024 que o rendimento coletivo do Barcelona não bastava para brigar por títulos na Europa.
Staszewski diz que a eliminação para o Paris Saint-Germain na Champions e a perda da liderança do Espanhol para o Real Madrid foram o estopim. Convicto de que a equipe não reagiria sob Xavi, Lewandowski buscou conversas reservadas com o presidente Joan Laporta e o diretor Deco, pedindo mudança imediata.
Quando sente que o técnico não tira o máximo do time, afirmam fontes ouvidas pelo jornalista, o polonês não poupa energia nem reputação para provocar mudanças. Algo parecido já teria ocorrido no Bayern com Carlo Ancelotti, e voltou a acontecer no Camp Nou quando as ideias de Xavi deixaram de combinar com as dele.
Flick assume e Barcelona reage de imediato
O pedido de demissão ganhou força entre março e abril, período em que reuniões frequentes na sede do clube definiam a sucessão, mesmo que em público a diretoria garantisse apoio a Xavi. Lewandowski defendia a contratação de alguém que ele já conhecia bem, de preferência Hansi Flick, para resgatar pressão alta, ritmo forte e foco total na preparação física.

Livro revela bastidores da demissão de Xavi, liderada por Lewandowski, e reacende a discussão sobre o peso dos jogadores nas decisões do Barcelona. (Foto de David Ramos/Getty Images)
Laporta cedeu, vendo no treinador alemão – campeão europeu com o Bayern em 2020 – o atalho mais curto para recuperar resultados e acalmar um vestiário dividido. Os números mostraram rápido que a aposta deu certo: na temporada 2025/26, aos 37 anos, o camisa 9 marcou 28 gols e deu 9 assistências em 19 jogos oficiais.

Veja também
Messi de volta ao Barcelona? Hansi Flick aprova contratação: “Sempre gostei de vê-lo jogar”
Barcelona mantém artilheiro e demite Xavi
O livro mostra ainda que Xavi, cansado da tensão, pediu ao Barcelona que vendesse Lewandowski no meio de 2024, dizendo que não via mais como trabalhar com o veterano. A diretoria disse não, avaliando que perder seu artilheiro seria jogar a toalha, e preferiu romper com o treinador, que depois assumiu o Al-Sadd, no Catar.




