Calor intenso ameaça desempenho na Copa do Mundo de Clubes
Durante o Mundial de Clubes realizado nos Estados Unidos, o meio-campista do Chelsea, Enzo Fernández, destacou os desafios enfrentados devido ao calor intenso, que ele descreveu como “extremamente perigoso”.
Com apenas 24 anos, Fernández participou de todas as partidas do Chelsea até a final contra o Paris Saint-Germain, marcada para ocorrer em New Jersey. As condições climáticas extremas, com temperaturas escaldantes em três dos jogos, levaram as autoridades locais a emitirem alertas recomendando a diminuição de atividades físicas ao ar livre.
Em New Jersey, onde a final será disputada, as temperaturas recentemente chegaram a 38 graus Celsius, tornando o clima um verdadeiro adversário para os jogadores.
O técnico do Chelsea, Enzo Maresca, expressou sua frustração, afirmando que é “impossível” realizar treinos normais nesse calor, apesar de a equipe ter chegado à final de um torneio lucrativo e recentemente expandido.
Enzo Fernández e Luis Enrique criticam calor e horários no Mundial de Clubes
A preocupação com o calor não é apenas um problema para os jogadores em campo, mas também afeta o desempenho e a segurança dos atletas. Fernández compartilhou como o calor impactou seu desempenho, lembrando um episódio em que precisou se deitar no chão devido à tontura.

Enzo Fernández em entrevista coletiva. Foto: Buda Mendes
“Jogar nessas condições é extremamente perigoso, tanto para nós, jogadores, quanto para o espetáculo em geral”, declarou. Ele destacou que o ritmo dos jogos diminui consideravelmente, tornando-se menos atrativo para os espectadores presentes no estádio e para aqueles assistindo de casa.
As críticas sobre as altas temperaturas não se limitam aos jogadores. Técnicos e outros envolvidos no torneio também expressaram insatisfação com a programação dos jogos, que frequentemente ocorrem à tarde para acomodar telespectadores na Europa e na África.

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Fernández, que é uma figura provável na seleção argentina para a Copa do Mundo de 2026 na América do Norte, espera que futuras edições do torneio ajustem os horários dos jogos para proporcionar um espetáculo de futebol mais agradável e seguro.
Luis Enrique, técnico do PSG, também manifestou preocupação, afirmando que “não é bom para o espetáculo”, sobretudo após a vitória por 4-0 sobre o Real Madrid nas semifinais.
O defensor do Chelsea, Levi Colwill, compartilhou da mesma opinião, relatando que o calor em algumas cidades foi tão intenso que ele sentiu pena dos jogadores em campo, mas elogiou como eles lidaram com a situação adversa.
Fifpro cobra Fifa por medidas contra calor
A Fifpro, sindicato dos jogadores, sugeriu que a partida entre Chelsea e ES Tunis, disputada sob calor extremo na Filadélfia, deveria ter sido adiada ou cancelada. Jurgen Klinsmann, ex-atacante da seleção alemã e atualmente membro do grupo de estudos técnicos da Fifa, relembrou as condições severas durante a Copa do Mundo de 1994 nos EUA, mas enfatizou que as equipes devem se adaptar.
Klinsmann, que jogou em Dallas com temperaturas de até 49 graus Celsius, destacou que a adaptação é essencial, especialmente para equipes europeias que não estão habituadas a tais condições.
A Fifa, por sua vez, emitiu uma declaração reconhecendo a seriedade das condições climáticas e seu impacto global no futebol. Durante o Mundial de Clubes, foram adotadas medidas progressivas para proteger os jogadores, como pausas para resfriamento em 31 de 54 partidas.