Relatório identifica Lamine Yamal como principal vítima de ataques racistas na Espanha
Lamine Yamal, do Barcelona, recebeu cerca de 60% de todos os insultos racistas e xenófobos dirigidos a jogadores nas redes sociais ao longo da última temporada. Os dados são do relatório do Observatório Espanhol de Racismo e Xenofobia, o Oberaxe.
O estudo analisou mais de 33 mil publicações denunciáveis. Além disso, apontou que apenas cerca de 33% foram removidas pelas plataformas digitais. Inclusive, o documento alerta para o aumento de ataques motivados por origem e cor da pele.
Aliás, o relatório também mostra que outros atletas aparecem na lista. Vinícius Júnior tem aproximadamente 29% das mensagens ofensivas, e Kylian Mbappé, cerca de 3%. Com isso, os dados reforçam a persistência do racismo digital no futebol europeu.

Lamine Yamal em ação durante a partida da Liga dos Campeões. Foto: Stuart Franklin/Getty Images
Clássicos e grandes jogos aumentam os ataques a Yamal
No entanto, as partidas de grande repercussão registram picos de insultos direcionados a Yamal, ainda segundo o Oberaxe. Sendo assim, a visibilidade do jogador e sua influência no time tornam os ataques ainda mais frequentes.
Desta forma, as mensagens ofensivas incluem insultos raciais explícitos e ataques à origem familiar do atleta. Com tudo, o órgão classifica o caso de Yamal como altamente preocupante devido à idade do jogador e à intensidade das agressões.
Inclusive, o relatório afirma que o discurso de ódio nas redes reflete comportamentos existentes na sociedade. Porém, a normalização desse tipo de ataque pode gerar efeitos fora do ambiente digital.
Redes sociais não removem mensagens racistas
Além disso, as plataformas digitais apresentaram baixa eficiência na retirada das publicações ofensivas. O Facebook teve o melhor índice de remoção, enquanto o X registrou números significativamente menores, ainda de acordo com o relatório.
Assim, diante do cenário, autoridades e entidades esportivas buscam reforçar protocolos de combate ao racismo digital. Por fim, Oberaxe recomenda punições mais rígidas e resposta mais rápida das plataformas a conteúdos discriminatórios.




