A vida dá voltas, e o futebol também. Dez anos depois de ficar no banco nos dois jogos entre Chelsea e Paris Saint-Germain pelas oitavas de final da Champions League 2014/15, Filipe Luís reencontra o PSG como técnico do Flamengo na final da Copa Intercontinental. Naquela época ele não entrou em campo; agora será o principal personagem.
O passado que inspira
Em 2015, o Chelsea passou pelo PSG pelo critério de gols fora: 1 x 1 em Paris e 2 x 2 em Londres, já na prorrogação. Filipe aqueceu, mas não foi utilizado. Mesmo assim, esteve “invicto” nesses confrontos. “Não joguei, mas vivi aquela atmosfera; desta vez posso ajudar de outro jeito”, disse o treinador.
Caminho do Flamengo
Desde janeiro de 2025, quando assumiu o comando rubro-negro, Filipe soma 44 partidas: 32 vitórias, 8 empates e 4 derrotas (81% de aproveitamento). Na Copa Intercontinental, o time venceu Cruz Azul por 2 x 1 e Pyramids por 2 x 0. A preparação foi cuidadosa: todos os atletas estão liberados, inclusive o atacante Pedro, que volta ao time titular.
Respeito ao adversário
Filipe evita o rótulo de favorito: “Para mim, o PSG tem o elenco mais forte do mundo. Pressionam alto e decidem em um lance. Precisaremos atuar sem erros”. Mesmo assim, o Flamengo confia em dois pontos: chegou ao Catar uma semana antes — já adaptado ao fuso e ao clima — e pode explorar contra-ataques rápidos, área em que o PSG tem mostrado falhas.
Recorde na mira
Se conquistar o título, Filipe Luís superará Jorge Jesus como treinador com melhor início no Flamengo e igualará o português ao erguer uma taça internacional logo no primeiro ano. “Minhas metas são coletivas. Se vencermos, a conquista é do Flamengo”, garante.
Histórico entre os clubes
Flamengo e PSG só se enfrentaram em amistosos: vitória carioca em 1987, triunfo francês em 1997 e empate em 2012. A final em Doha será o primeiro duelo oficial e pode iniciar uma nova rivalidade entre Rio de Janeiro e Paris.
Serviço da final
• Data: 17 de dezembro de 2025
• Hora: 14h (Brasília)
• Local: Estádio Ahmad bin Ali, Al Rayyan, Catar
• Transmissão: TV Globo, ESPN e FIFA+

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De reserva a comandante, Filipe Luís vive um novo capítulo de sua carreira. Em 2015 ele comemorou sem tocar na bola; agora depende de sua prancheta — e dos pés de seus jogadores — para sair campeão e invicto, desta vez com a medalha no peito.




