Desafio após a saída de Cristiano Ronaldo
Nem todas as grandes histórias de superação nascem de derrotas. Quando Cristiano Ronaldo deixou o Real Madrid em julho de 2018, muita gente achou que o clube entraria em declínio. Não era para menos: o craque português saiu com 450 gols e quatro títulos de Liga dos Campeões em nove anos.
Sete anos depois, o vestiário merengue prova que a dor virou motivação. Quem explica essa mudança é Lucas Vázquez, criado nas categorias de base e peça coringa de Carlo Ancelotti, em entrevista ao jornal AS.
“Cristiano é o maior jogador da história do Real Madrid”, diz o atacante. “Qualquer time sentiria sua saída; nós perdemos 60 gols por temporada.” Os números confirmam: entre 2009 e 2018, o camisa 7 fez, em média, 50 gols por ano. A dependência era clara, mas, como lembra Vázquez, “o Real Madrid segue em frente”.
Dividir funções para manter o topo
E seguiu mesmo. Desde 2018, o clube ganhou três Ligas, duas Champions e dois Mundiais de Clubes. O segredo, segundo Lucas, foi “dividir as responsabilidades”. Após a era CR7, Benzema virou o líder em campo, o meio-campo experiente manteve a qualidade, e jovens como Vinícius Júnior, Rodrygo e Jude Bellingham trouxeram nova energia.
Para Vázquez, a cultura de competição no centro de treinamento de Valdebebas impede a acomodação: “Sempre existe a cobrança por mais vitórias. Cada jogador precisa contribuir”. Ele próprio trocou a ponta direita pela lateral quando o técnico pediu, mostrando a filosofia de Ancelotti de adaptar talentos sem engessar o time.

O Real Madrid superou a saída de CR7, afirma Lucas Vázquez. (Foto: Lars Baron/Getty Images)
Além da tática, há o lado emocional. “Somos muito gratos a Cristiano por tudo que deu ao clube”, diz Lucas. Essa gratidão aparece em homenagens, como o mosaico feito pelos torcedores na visita do Al-Nassr ao Bernabéu e um novo mural no museu do estádio que celebra os recordes do português.
O legado de Cristiano segue inspirando
Em 2025, o Real Madrid está em segundo na La Liga, e quase classificado às oitavas de final da Champions. A lacuna dos 60 gols foi preenchida não por um só jogador, mas por um grupo que aprendeu a multiplicar seu poder de ataque. Em Valdebebas, dizem que a sombra de Cristiano não pesa mais; ela inspira.

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Próximos jogos
• 28/12 – La Liga: Real Madrid x Girona
• 04/01 – Copa do Rei: 16 avos de final
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