Qual o legado de Marta na Champions?
Marta Vieira da Silva, ou simplesmente Marta, superou as fronteiras do esporte para se tornar um símbolo de excelência no futebol feminino. Natural de Dois Riachos, no interior do Brasil, onde nasceu em 19 de fevereiro de 1986, sua trajetória é construída por conquistas históricas, sobretudo na Champions League Feminina da UEFA.
Reconhecida por sua habilidade técnica, visão de jogo e liderança, Marta não apenas elevou o patamar do esporte, mas também inspirou gerações. Antes de conquistar a Europa, Marta despontou no Brasil, vestindo as camisas do Vasco da Gama e do Santa Cruz. Sua rapidez e precisão nos dribles chamaram atenção, mas foi em 2004, aos 18 anos, que seu destino mudou.
2004: a conquista europeia de Marta
A transferência para o Umeå IK, da Suécia, marcou o início de sua ascensão internacional. Na época, a competição continental era chamada de Copa da UEFA Feminina, embrião da atual Liga dos Campeões. Na temporada 2004, Marta estreou na Europa com impacto imediato.
Nas semifinais contra o Brøndby, marcou em ambos os jogos, garantindo ao Umeå IK a vaga na final. Contra o poderoso 1. FFC Frankfurt, sua atuação foi magistral: dois gols no jogo de ida, em casa, e um no confronto fora, contribuindo para um agregado histórico de 8–0.
Esse triunfo não só coroou o Umeå como o primeiro clube sueco a vencer a competição, mas também anunciou Marta ao mundo como uma força definitiva no futebol. Entre 2007 e 2008, Marta liderou o Umeå IK a duas finais consecutivas. Em 2007, diante do Arsenal, e em 2008, novamente contra o Frankfurt, as derrotas não apagaram seu brilho.
Os números de Marta na Champions
Em 2014, já pelo Tyresö FF, ela retornou à decisão contra o Wolfsburg. Naquela que seria uma das finais mais eletrizantes, Marta marcou duas vezes, mas o placar de 4–3 para as alemãs deixou-a a um passo do título. Ao longo de 56 partidas na Liga dos Campeões, Marta balançou as redes 46 vezes.

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Em 2017, pelo FC Rosengård, chegou às quartas de final, sendo eliminada pelo Barcelona. Sua trajetória na Europa ajudou a atrair investimentos e olhares para a Liga dos Campeões, contribuindo para a profissionalização do futebol feminino. Clubes como Barcelona e Lyon, que hoje dominam o cenário, herdaram um caminho pavimentado por pioneiras como ela.